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David Coverdale e Michael Bolton quase foram vocalistas do Black Sabbath

O Black Sabbath contou com uma série de vocalistas inusitados em sua trajetória. Pessoas que não conhecem tão bem a carreira da banda não sabem que nomes como Ian Gillan (Deep Purple), Glenn Hughes (ex-Deep Purple, Trapeze), David Donato (ex-White Tiger) e Dave Walker (Fleetwood Mac), entre outros, integraram a banda, seja por um período considerável ou em passagens rápidas – como Donato, que só gravou uma demo e foi dispensado após uma entrevista controversa.

Porém, vários fãs mais ávidos do Black Sabbath não sabiam que David Coverdale (Whitesnake, ex-Deep Purple) e Michael Bolton foram cogitados para cantar na banda. As situações foram comentadas pelo guitarrista Tony Iommi, em entrevista ao canal da Gibson no YouTube.

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O convite a David Coverdale foi feito em meados de 1982, quando Ronnie James Dio deixou o Black Sabbath. Ian Gillan, então ex-Deep Purple, foi chamado para assumir o posto, mas Tony Iommi queria Coverdale, que também tem vínculo com o Purple, por ter substituído Gillan nos anos 1970.

“Encontrei David Coverdale e ele disse: ‘poxa, acabei de montar essa banda, o Whitesnake… por que não me achou antes?’. Eu expliquei que Dio não havia saído antes, estava acontecendo naquele momento”, disse o guitarrista.

– David Coverdale tinha dívida milionária antes de 1987, do Whitesnake

Iommi comentou que, na época, houve uma verdadeira busca por um novo vocalista. “Fizemos testes com vários vocalistas, incluindo Michael Bolton – acredite ou não, ele era um dos cantores. Isso continuou por um tempo e não sabíamos como continuar”, afirmou. Vale lembrar que Bolton era vocalista de rock em seus primórdios e chegou a ter uma banda, Blackjack, ao lado de Bruce Kulick, que se tornaria guitarrista do Kiss no futuro.

O nome de Ian Gillan acabou aparecendo e ele conseguiu a vaga. “A gente se encontrou e Ian não lembrava disso. Ficou tão bêbado, nem lembrava do que havia acontecido. Foi ótimo, nos divertimos. Foi desafiador, meio que nos transfere para uma energia diferente. Quisemos fazer um álbum realmente pesado, mas trabalhávamos em períodos diferentes, pois Ian ficava acordado a noite toda e nós não. Ele ficava bebendo uísque e nós estávamos na cama. Levantávamos e ele ainda estava lá (risos)”, comentou.

A rápida passagem de Ian Gillan pelo Black Sabbath durou até 1984, quando o Deep Purple anunciou sua reunião. Apenas um álbum foi produzido com Gillan nos vocais: “Born Again”, de 1983. O trabalho é bastante criticado pela qualidade de gravação, embora alguns fãs estejam olhando o material com carinho décadas após sua divulgação original. O cantor ainda fez uma turnê com o grupo antes de retornar ao Purple.

Resenha: ‘Born Again’, o único disco do Black Sabbath com Ian Gillan

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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