O Conselho de Censura da Malásia cortou cerca de 24 minutos de “Bohemian Rhapsody”, cinebiografia sobre o Queen, para exibição nos cinemas do país asiático. Os trechos retirados são os que retratam a sexualidade do vocalista Freddie Mercury, interpretado pelo ator Rami Malek, em conformidade com as rígidas leis do país contra a homossexualidade.
A informação foi divulgada pelo site Malay Mail, que detalhou algumas cenas cortadas. Entre os trechos retirados da edição malaia, estão o momento em que Freddie Mercury diz à então noiva Mary Austin, interpretada pela atriz Lucy Boynton, que é bissexual, e a passagem em que os integrantes do Queen se vestem de mulher para filmar o clipe de “I Want To Break Free”.
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Pelas redes sociais, alguns internautas da Malásia relatam os cortes e fizeram críticas. O perfil MalayVines no Twitter, por exemplo, disse: “Aviso sobre ‘Bohemian Rhapsody’ na Malásia: eles cortaram TODAS as cenas gays e deixaram IMENSOS FUROS DE ROTEIRO. Assisti em Singapura e na Malásia e percebi que não dá para entender completamente se você assistir na Malásia. Recomendo assistir em outro lugar!!”
Outra conta na rede social publicou: “Na Malásia, o tempo total de ‘Bohemian Rhapsody’ é de 110 minutos, para maiores de 18 anos, enquanto que, no resto do mundo, tem 134 minutos e é para maiores de 13 anos. Deixamos heterossexual um filme que já foi deixado heterossexual e isso ainda não é apropriado”.
Apesar da polêmica na Malásia, “Bohemian Rhapsody” tem tido ótimo desempenho em bilheteria no restante do mundo. Em apenas 10 dias, o filme arrecadou US$ 100 milhões em bilheteria e já é a terceira cinebiografia musical mais rentável da história do cinema americano, atrás apenas de “Straight Outta Compton: A História do N.W.A.” e “Johnny & June”.
O desempenho no Brasil também é muito bom: o filme lidera o ranking de bilheteria há duas semanas. No total, o longa-metragem arrecadou R$ 20,87 milhões com 1,15 milhão de ingressos vendidos no Brasil.