Membros do Marduk são acusados de comprar itens de partido nazista

O vocalista Daniel “Mortuus” Rostén e o baterista Fredrik Widigs, da banda Marduk, foram acusados pelo site sueco Etc de terem comprado “diversos itens de propaganda nazista” em um site no ano de 2016. A informação da aquisição teria sido divulgada a público após hackers terem liberado dados de um servidor do Nordic Resistance Movement (Movimento de Resistência Nórdico), um movimento neonazista predominante em países nórdicos da Europa (embora autoridades da Finlândia tenham tentado bani-lo do país) que chega a ser um partido político na Suécia.

Conforme publicado pelo site Etc, as compras foram feitas nos nomes dos próprios músicos e enviadas a seus endereços, que “combinaram” com os IPs de conexão em que os pedidos foram realizados.

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Ainda segundo a publicação, Fredrik Widigs teria comprado, em maio de 2016, 100 adesivos do site do Nordic Resistance Movement, além do programa oficial do movimento na Suécia – onde é partido político – e dois livros: “Basic Radars” e “Zionism – The Hidden Oppression”. Já Widigs teria adquirido 100 panfletos que dizem que o “povo sueco” deve recoperar “o poder da elite global zionista”, bem como 100 adesivos com mensagens similares e os livros “Nationalsocialism” e “However, Really Six Million?” – este último, inclusive, questiona o número de judeus que foram assassinados durante o Holocausto, na Segunda Guerra Mundial.

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Jonathan Leman, pesquisador da fundação anti-racismo Expo, disse ao site Etc que o material solicitado pelos músicos do Marduk não entram em categoria de “colecionáveis”. “Se você faz pedido de material desse tipo, significa que você é, pelo menos, um simpatizante do Nordic Resistance Movement e pertence aos arredores da organização. Mas podem haver conexões mais próximas”, afirmou.

Em comunicado, o Marduk negou que seus integrantes tenham feito a aquisição dos produtos em questão. “Fomos avisados dessa lista quando foi divulgada em agosto de 2017 e, a partir de então, fomos questionados sobre isso algumas vezes. Como nunca levamos essa besteira a sério, evitamos falar sobre”, diz a banda, em trecho do texto.

Veja, a seguir, o comunicado na íntegra.

“Membros do Marduk estão listados em uma base de dados que diz mostrar o histórico de compras de uma loja virtual sueca. Fomos avisados dessa lista quando foi divulgada em agosto de 2017 e, a partir de então, fomos questionados sobre isso algumas vezes. Como nunca levamos essa besteira a sério, evitamos falar sobre. Porém, um jornal sueco descobriu isso recentemente e fez uma reportagem sobre ela. E, então, lá vamos nós de novo.

Nenhum membro do Marduk comprou qualquer coisa do site em questão, nem nunca teve qualquer forma de interação com a organização que o coordena. É tudo o que temos a falar sobre o assunto. É ridículo ter que reiterar isso mais uma vez, após 28 anos como banda, mas: o Marduk não tem pautas políticas ou associações ideológicas, Socialismo Nacional ou qualquer coisa. Nossas letras lidam com religião e história, nada mais.

É válido lembrar que tivemos o mesmo debate em fevereiro de 2017, durante a nossa turnê pelos Estados Unidos. Vários meios de comunicação examinaram cada parte da história do Marduk em busca de provas para essas alegações, mas não acharam nada. Entraram em contato com várias bandas com quem já fizemos turnês e todos responderam a mesma coisa: não há nada para apoiar essas acusações. E a história se repetirá, em breve, enquanto outro esforço de sujar nosso nome chega ao fim.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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