Nem sempre o vocalista é o integrante da banda com melhor capacidade de canto. Ele pode ser escolhido também por conta do poder de presença de palco, do carisma ou até pela habilidade de interpretação.
Com isso em mente, a lista abaixo apresenta alguns integrantes de bandas consagradas que cantam tão bem quanto os vocalistas das mesmas (obs: essa lista tem uma segunda parte, que pode ser conferida aqui)
Noel Gallagher (ex-Oasis): Enquanto vocalista, Liam Gallagher não é nenhuma unanimidade, apesar da voz única. O talentoso guitarrista e irmão de Liam, Noel Gallagher, manda muito bem no microfone. Ele, inclusive, cantou durante a apresentação do Oasis no quadro MTV Unplugged, ainda na década de 1990, quando Liam se recusou a cantar por conta de uma suposta dor de garganta – o mesmo aparece bebendo cerveja no vídeo, enquanto assiste à performance.
Peter Criss (ex-KISS): Apesar do KISS não ter, notavelmente, um vocalista principal (Paul Stanley e Gene Simmons se revezam na maioria dos vocais), Peter Criss cantou pelo menos uma música em cada disco da banda. E sempre mandava muito bem. O maior hit single do grupo nos Estados Unidos, “Beth”, tem a voz do baterista.
Richie Sambora (ex-Bon Jovi): Se Jon Bon Jovi não tivesse montado a banda, provavelmente Richie Sambora seria o vocalista. O guitarrista tem um grande poder nas cordas vocais, apesar de não contar com o mesmo carisma de Jon. Os discos solo de Sambora são muito bons. Nos últimos anos, costumava cantar algumas músicas do repertório do Bon Jovi. Hoje, já não faz mais paret do grupo.
Brian May e Roger Taylor (Queen): OK, é difícil chegar ao nível de Freddie Mercury. Mas o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor são bons nos vocais. Não à toa, o Queen abusava do estilo operático, pois contava com ótimos cantores no grupo.
Brian May:
Roger Taylor:
David Paich (Toto): A gravação da música “Africa”, que conta com David Paich nos vocais, foi um fruto do acaso. Ele só cantou a música porque os vocalistas principais, Bobby Kimball e Steve Porcaro, não conseguiram aprender a letra da forma que deveria ser cantada no prazo estipulado. Paich, que compôs a música com o baterista Jeff Porcaro, mandou ver no microfone e mostrou um talento que até então poucos conheciam.
Taylor Hawkins (Foo Fighters): Dono de uma voz aguda e potente, Hawkins não é apenas um ótimo baterista, como também um bom cantor. Ele tem um projeto paralelo, chamado Coattail Riders, em que assume os vocais e as baquetas. Com o Foo Fighters, manda ver nos backing vocals e canta alguns covers do repertório ao vivo. Inclusive, teve a moral de fazer uma versão de “Rock And Roll”, do Led Zeppelin, ao lado de Jimmy Page e John Paul Jones.
Duff McKagan (Guns N’ Roses): Outro caso em que o instrumentista não supera de fato o vocalista, mas apresenta uma alternativa diferente aos vocais. Duff McKagan sempre fez backing vocals marcantes para as músicas do Guns N’ Roses e chegou a assumir a voz principal em algumas, como em “So Fine” (em que divide os momentos com Axl Rose) e nos covers de “Attitude” e “New Rose”. Em sua banda solo, Loaded, também manda ver no microfone.
Rafael Bittencourt (Angra): Um legítimo exemplo brazuca. A voz de Rafael Bittencourt provavelmente não se encaixaria no Angra: ele é do tipo que prioriza a melodia e não os malabarismos nas cordas vocais. Mas é um bom exemplo de cantor que, por vezes, fica “escondido” no grupo. No seu projeto solo, ele consegue mostrar seu poderio – e que está bem inclinado para o hard rock.
Richie Kotzen (ex-Poison e Mr. Big): O guitarrista Richie Kotzen sempre teve uma carreira solo, em que também era vocalista, paralela às bandas que entrava. Mas Kotzen se notabilizou pelas participações no Poison e Mr. Big, em que se responsabilizava, no máximo, por backing vocals ou co-vocais além da guitarra. Especialmente no Poison, é notável como ele se saía melhor no microfone e tinha maior alcance que o próprio cantor, Bret Michaels. Compare as versões de “Stand”, com Poison e com Richie Kotzen solo:
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