O arrependimento de Kerry King em parceria com o Beastie Boys

Guitarrista do Slayer participou das gravações do clássico "No Sleep till Brooklyn", lançado em 1986

A parceria com o produtor Rick Rubin colocou o Slayer em contato com o mundo do hip-hop. O Beastie Boys fazia parte do movimento e possuía afinidades com o rock e suas vertentes mais pesadas. Assim, nada mais natural que algum tipo de parceria se concretizasse em algum momento.

Ela veio em “No Sleep till Brooklyn”, single do álbum “Licensed to Ill” (1986). Kerry King se encarregou de gravar as guitarras na música, que possuía uma referência no título a “No Sleep ‘til Hammersmith” (1981), icônico disco ao vivo do Motörhead.

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Ao Border City Rock Talk, em repercussão da Metal Hammer, o instrumentista compartilhou memórias sobre a colaboração. Ele disse:

“A simplicidade disso é o que é engraçado. Estávamos fazendo o que se tornou o álbum ‘Reign In Blood’ e os Beastie Boys gravavam ‘Licensed To Ill’ no mesmo estúdio – tipo, no corredor um do outro.”

Além da camaradagem, a possibilidade de faturar um dinheiro extra motivou o músico.

“Rick Rubin estava nos dois projetos. Então, eles precisavam de um solista para aquela música em particular, ‘No Sleep Till Brooklyn’. Pensei: ‘Por que não? Eu posso faturar algumas centenas de dólares’. Eu certamente não estava bem de grana naquela época. Então, foi isso que eu fiz.”

O arrependimento de Kerry King

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Kerry também participou do videoclipe feito para promover o single. E guarda apenas uma lamentação.

“Olhando para trás, eu queria não ter escolhido receber um cachê. Seria melhor ter ficado com um quarto dos direitos ou algo assim, porque agora eu seria um homem rico!”

De fato, “No Sleep Till Brooklyn” não apenas entrou em várias paradas à época do lançamento original, como também foi reaproveitada posteriormente em trilhas de filmes, séries e games.

Slayer e Beastie Boys em 1986

“Reign in Blood” e “Licensed to Ill” foram lançados com um mês de diferença, em outubro e novembro de 1986, respectivamente. Ambos saíram pelo selo Def Jam, de propriedade de Rick Rubin. O álbum dos headbangers se tornou uma referência história do gênero, com sua brutalidade sonora o mantendo relevante até os dias atuais. Ganhou disco de ouro nos Estados Unidos.

Já o trabalho dos rappers vendeu mais de 10 milhões de cópias apenas em sua terra natal, alcançando um público que ultrapassou as barreiras do estilo a que se propunha. É até hoje mencionado por fãs e mídia especializada como uma das grandes estreias da história da indústria fonográfica.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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