Não só um vocalista extremamente talentoso, Andre Matos era pianista e regente, além de compositor graduado. O artista era muito competente no que fazia – e criterioso, a ponto de abandonar alguns projetos sem cerimônias quando certos pontos não o agradavam.
Ele nasceu em 14 de setembro de 1971, em São Paulo. Infelizmente, nos deixou aos 47 anos, em 8 de junho de 2019, após um ataque cardíaco.
Andre começou a estudar música ainda na infância e entrou para o Viper aos 13 anos. A banda levou alguns anos para lançar seu primeiro disco, “Soldiers of Sunrise”, em 1987. O trabalho pouco reflete a competência erudita de Matos, porém, serviu como uma boa porta de entrada para o heavy metal, com seu speed/power bem visceral.
“Theatre of Fate” (1987), segundo do Viper, apresentou um pouco mais de Andre Matos, que deixou a banda em 1990 e, no ano seguinte, se juntou ao Angra. Ali, Andre ficou realmente à vontade, pois suas influências eruditas puderam aparecer de forma mais evidente. E foi com essa banda que se consagrou mundialmente.
Após três discos com o Angra, saiu em 1999, após divergências internas com o empresário Antônio Pirani. Junto de Andre, deixaram a formação o baixista Luis Mariutti e o baterista Ricardo Confessori. O trio uniu forças para montar o Shaman, com adição do guitarrista Hugo Mariutti.
Andre deixou o Shaman após dois álbuns, em 2006, e apostou em sua carreira solo. Também formou o Symfonia, supergrupo com o guitarrista Timo Tolkki, que durou pouco. Nos últimos anos, reuniu-se com o Viper e com o Shaman.