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Saiba como foram os shows de Bullet for My Valentine, 311 e mais na abertura do Limp Bizkit em SP

Banda americana de nu metal trouxe ao Brasil um festival próprio, contando ainda com Ecca Vandal, Riff Raff e Slay Squad

Encabeçada pelo Limp Bizkit, a “Loserville Gringo Papi Tour” rodou a América Latina no último mês e foi encerrada sábado (20) no Allianz Parque, em São Paulo. A excursão em formato de festival contou com Slay Squad, Riff Raff, Ecca Vandal, 311 e Bullet for My Valentine — em substituição a Yungblud, que cancelou sua visita por problemas de saúde — acompanhando a atração principal.

Não houve um conceito claro para a composição deste lineup. Durante a performance de sábado, o vocalista do Limp Bizkit, Fred Durst, apenas disse que reuniu “um monte de perdedores (‘losers’)” para a ocasião e pensou em Ecca Vandal como o primeiro nome. O vínculo é tamanho que um integrante da banda da cantora, Richie “Kid Not” Buxton, foi escolhido para substituir Sam Rivers, falecido em outubro, no grupo de Durst. Percebe-se, porém, que há representantes do hip hop e metal na programação, entre alguns nomes conhecidos e outros nem tanto.

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Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

Mesmo com a saída de Yungblud e a morte de Rivers, o Limp Bizkit optou por manter sua turnê. O dia que se seguiu no Allianz Parque foi construído com uma mistura entre nostalgia e novidade, peso em diferentes formas… e muitos sinalizadores.

Slay Squad

A jornada de sábado (20) começou, por volta das 16h, com os californianos do Slay Squad, grupo que se descreve como um “coletivo”. Mesmo com um catálogo modesto e músicas pouco conhecidas, o sexteto composto por Brahim Gousse (voz), Keilo Kei (voz), Gordo (guitarra), Stick (baixo), Tim Ryan (bateria) e Cheeze (DJ) ganhou a simpatia do público com seu som agressivo.

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

A proposta musical é uma fusão entre hip hop, hardcore, industrial, vocais guturais e death metal — ou, como eles mesmos se autodenominam, “ghetto metal”. Um dos resultados mais notórios se deu na formação dos primeiros mosh pits do evento, uma conquista incomum para uma atração de abertura que tocou tão cedo.

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

Cientes de que se tratava de uma ocasião especial, os membros ainda circularam pelo Allianz nas horas seguintes à apresentação, tirando fotos e cumprimentando fãs recém-convertidos. Carisma é tudo.

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

Riff Raff

Nem tudo que rolou no Allianz Parque naquele sábado (20) fez sentido. Após o Slay Squad, subiu ao palco o rapper americano Riff Raff, responsável por entregar um show que conseguiu ser entediante mesmo com a rápida duração de 20 minutos.

O rapper de 43 anos, em atividade há duas décadas, pouco se conectou com o público. Pareceu ter dublado as próprias músicas em busca de construir um setlist eclético. Só não dá para dizer que seria facilmente substituível porque serviu apenas como um “interlúdio” entre a banda inaugural e a atração seguinte.

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

Ecca Vandal

Subindo ao palco vestindo uma camiseta do Sepultura — mais especificamente com a capa do álbum “Roots” (1996) —, Ecca Vandal trouxe ao festival uma proposta eclética, que mescla punk, hip hop e música eletrônica. A artista, nascida na África do Sul e radicada na Austrália, tem 10 anos de carreira, mas apenas um álbum em sua discografia e já passou por um hiato relativamente longo, retornando apenas recentemente com sua atual proposta musical.

A desenvoltura no palco de Ecca é arrebatadora. Capturou a atenção dos presentes e provou-se a atração mais interessante até aquele momento. Ela chegou a contar com a participação do Slay Squad — sim, eles estavam em todas — e até desceu à pista para cantar com a plateia. Mais uma a conquistar público novo naquele sábado (20).

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

311

Nome mais experiente do lineup — pois foi fundado em 1988 —, o 311 mostrou-se fundamental para o nu metal, ainda que não seja classificado puramente de tal forma. Sua sonoridade única contempla rap, rock, punk, ska e reggae, oferecendo um contraste interessante que oxigenou a experiência do festival. Tem um “cheiro” inconfundível de década de 1990.

Nick Hexum (voz e guitarra), Doug “SA” Martinez (voz e DJ), Tim Mahoney (guitarra), Aaron “P-Nut” Wills (baixo) e Chad Sexton (bateria) desfilaram canções que talvez não sejam tão conhecidas do público brasileiro, mas tornaram-se hits nos Estados Unidos — não à toa, eles emplacaram nada menos que nove álbuns no top 10 americano. Destacaram-se “Applied Science”, “Down”, “Amber” e “Come Original”, além do longo solo de bateria de Sexton, com direito a trecho percussivo junto dos outros membros e presença no palco de… adivinhe… os membros do Slay Squad.

Bullet for My Valentine

Chamado de última hora, o Bullet for My Valentine compensou a chateação dos fãs de Yungblud com um show intenso e emotivo. Celebrando os 20 anos do álbum de estreia, “The Poison” (2005), a banda de metalcore fez o público entoar canções como “Tears Don’t Fall” e “All These Things I Hate (Revolve Around Me)”, formar mosh pits e acender sinalizadores na pista, apesar de parte do set ficar musicalmente marcada pela monotonia.

Cabe destacar que, em entrevista à Rolling Stone Brasil, o vocalista e guitarrista Matt Tuck revelou que o grupo foi convidado para a turnê apenas três semanas antes de seu início na Cidade do México, em 29 de novembro. Não houve tempo para trabalhar em um formato de apresentação típico de festivais, que priorizasse um setlist mais heterogêneo em vez da execução integral de um disco, diferentemente do que ele, Michael “Padge” Paget (guitarra), Jamie Mathias (baixo e voz) e Jason Bowld (bateria) já vinham fazendo ao longo de todo o ano.

Apesar da frustração pela saída de Yungblud e do ponto destacado anteriormente, a presença dos galeses se mostrou um acerto devido às condições adversas. Chamaram atenção canções como “Hand of Blood” (faixa de uma versão alternativa do álbum agora integrada às edições convencionais no streaming), “Room 409” e “Cries in Vain”, além do encerramento com a única faixa que não vem do álbum homenageado: “Waking the Demon”, durante a qual Tuck pediu um último mosh pit — sendo prontamente atendido em vários pontos da pista.

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

O texto sobre o show do Limp Bizkit pode ser lido, na íntegra, clicando aqui.

Foto: Gabriel Ramos @gabrieluizramos

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Jéssica Mello
Jéssica Mello
Brasiliense vivendo em São Paulo há 4 anos, acumulando momentos e vários shows na bagagem.

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