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O segredo para o som perfeito dos shows do Oasis, segundo engenheiro

Banda trabalhou de maneira incomum nos bastidores, mas "funcionou muito bem por causa da complexidade de certos trechos das músicas"

Após quatro meses, o Oasis finalizou a sua turnê de reunião. Com 41 apresentações, o giro iniciado em julho terminou no Brasil, com dois shows em São Paulo, no Estádio MorumBIS, nos dias 22 e 23 de novembro. 

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Dentre os pontos mais elogiados da excursão, esteve o som. Em resenha a respeito do primeiro compromisso em Cardiff, no País de Gales, a Vulture, por exemplo, destacou que “as canções soam nítidas e cheias de presença. Os vocais de Liam, com seu timbre levemente nasalado, ressoam praticamente iguais aos das gravações de trinta anos atrás, e os riffs de Noel parecem ainda mais poderosos”.

Para chegar em tal resultado, a banda trabalhou de uma maneira incomum nos bastidores: dois engenheiros de FOH (front of house / frente da casa) cuidaram de tal área e não apenas um único profissional, como é mais tradicional.

O técnico em questão é o responsável por mixar o que o público ouve. Sendo assim, o que sai pelas caixas está, sobretudo, sob o controle de tal profissional — no caso do Oasis, de Dan Lewis e Sam Parker.

Dan, co-proprietário da empresa Urban Audio, começou a colaborar com a banda em 2002, trabalhando também na mixagem do Beady Eye (do vocalista Liam Gallagher), e do High Flying Birds (do guitarrista Noel Gallagher). Já Sam estabeleceu uma parceria com Liam em 2018. 

Com o retorno do grupo, a ideia foi juntar os dois profissionais em vez de escolher um só. Ao MusicRadar, Lewis explicou: 

“Quando uma banda do tamanho do Oasis se separa, os integrantes estabelecem suas próprias estruturas de turnê e reintegrá-las sempre é um exercício interessante. Nós reunimos os dois times nesta turnê. Depois de todo esse tempo separados, eles também têm lealdade às suas equipes, e eu estou em uma posição muito privilegiada, porque Noel confia em mim para fazer o que preciso fazer.”

Segundo Parker, “quase não existem precedentes de dois engenheiros de FOH trabalhando juntos”. De qualquer forma, ele e o colega de função precisaram encontrar um ponto de união e dividiram a tarefa da seguinte maneira:

“O Dan faz isso há tanto tempo que sabe exatamente o que o Noel quer, mas quase não existem precedentes de dois engenheiros de FOH trabalhando juntos. Eu cuido especificamente do vocal. O Dan me oferece uma estrutura muito simples para enviar alguns sinais para ele: eu envio o vocal processado do Liam e os efeitos, e o Dan assume o controle do volume geral do show e de garantir que respeitemos os limites de som em cada local onde tocamos.”

Josh Lloyd, designer de sistema de som, acredita que a dupla fez toda a diferença. Considerando a “complexidade de certos trechos das músicas”, concluiu:

“Ter dois engenheiros de FOH funcionou muito bem, por causa da complexidade de certos trechos das músicas deles. Além disso, ter dois engenheiros significa ter duas opiniões. E os resultados falam por si.”

O futuro do Oasis

Na última segunda-feira (24), o Oasis se manifestou pela primeira vez a respeito do encerramento da turnê de reunião “Oasis Live ’25”. A banda liderada pelos irmãos Liam (voz) e Noel Gallagher (guitarra) também abordou seu futuro, ainda que de modo breve.

Em comunicado publicado pelas redes sociais, o grupo declarou:

“E assim aconteceu. ‘A força cultural pop mais destrutiva da história recente da Grã-Bretanha’ encontrou seu caminho para os corações e mentes de uma nova geração. De Gallagher Hill a River Plate, de Croke Park às margens do Canal Real à Cidade dos Anjos, o amor, a alegria, as lágrimas e a euforia jamais serão esquecidos. Haverá agora uma pausa para um período de reflexão. — Oasis”

As apresentações finais do giro foram realizadas no último fim de semana, no estádio MorumBIS, em São Paulo. Ambas as ocasiões contaram com ingressos esgotados, reunindo cerca de 66 mil pessoas por dia. Estima-se que os dois eventos tenham gerado mais de R$ 90 milhões somente em bilheteria.

Uma reportagem do tabloide The Sun indica que o grupo deve passar o ano de 2026 em repouso, mas há a possibilidade de realizar shows pontuais no Reino Unido — preferencialmente em formato de temporada como residente de estádios ou no Knebworth, onde fizeram história em 1996. Um documentário dirigido por Steven Knight (“Peaky Blinders”) está em produção e pode ser anunciado no ano que vem, assim como uma nova coletânea.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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