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Por que Glenn Hughes recusou convite para banda de Ozzy Osbourne

Saudoso vocalista convidou o ex-integrante do Deep Purple para integrar seu grupo como baixista logo após deixar o Black Sabbath em 1979

Após deixar o Black Sabbath em 1979, Ozzy Osbourne deu início à sua carreira solo. Randy Rhoads (guitarra), Bob Daisley (baixo) e Lee Kerslake (bateria) integraram a primeira formação do grupo do Príncipe das Trevas.

Mas a configuração não era exatamente a primeira opção do saudoso vocalista. Para a posição de guitarrista, o artista considerou trazer Gary Moore, enquanto que, para baixista, pensou em Glenn Hughes

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À época, o segundo músico mencionado, conhecido por ter feito parte de bandas como Deep Purple, Trapeze, Black Country Communion e The Dead Daisies, recebeu uma proposta direta do Madman para juntar-se à sua nova empreitada. Contudo, apesar do respeito e admiração pelo colega de profissão, ele resolveu recusar.  

Durante uma recente entrevista ao programa Metal Mayhem ROC, o também cantor explicou o motivo: a vontade de ser a figura principal de uma banda e não um membro de apoio. Conforme transcrição do Blabbermouth, Hughes mencionou: 

“Conheço Ozzy e os outros integrantes do Black Sabbath desde 1970. Eles estouraram naquele ano com ‘Paranoid’ e eu era muito próximo deles naquela época. Então, conheço esses caras há 55 anos. […] Ozzy foi um dos meus amigos mais próximos, especialmente nos anos 70, quando morávamos perto um do outro. Ele passava muito tempo na minha casa, e eu passava muito tempo na dele. Ele queria que eu entrasse numa banda com ele em 1979, quando saiu do Sabbath. Naquela época, eu não queria voltar a tocar baixo e cantar backing vocals, falando isso com todo respeito, porque eu amo muito o Ozzy. Eu só queria ser o Glenn Hughes que todos conhecemos agora, baixista e vocalista principal. Então, tive que recusar. Mas, ao longo desses anos, Ozzy sempre esteve muito, muito próximo de mim.”

O baixista trouxe o mesmo argumento na autobiografia “Glenn Hughes: The Autobiography: From Deep Purple to Black Country Communion” (2011). No livro, ao entrar no assunto, justificou: 

“Ozzy Osbourne me disse que queria formar uma banda chamada Blizzard of Ozz, comigo no baixo. E eu recusei, simplesmente porque não iria entrar em uma banda onde eu não pudesse cantar. Ozzy não era o tipo de cara com quem você podia dividir os vocais. Eu o amava e nos dávamos muito bem, mesmo que eu não estivesse realmente tocando o tipo de música dele.”

Já em entrevista à Classic Rock em 2023, Hughes revelou exatamente o que disse para o Madman quando soube do convite:

“Eu disse a ele: ‘Ozzy, eu te amo demais, mas por mais que eu queira fazer isso, com o maior respeito, eu tenho que cantar, e você é Ozzy Osbourne, você não precisa de outro cantor’.”

Posteriormente, Hughes acabou trabalhando com o Black Sabbath. Num período conturbado para a banda, assumiu os vocais no disco “Seventh Star” (1986), que contou apenas com o guitarrista Tony Iommi da formação original.

Glenn Hughes atualmente

Glenn Hughes acabou de disponibilizar seu 15º álbum como artista solo. “Chosen”, lançado no dia 5 de setembro, pode ser o último da carreira do veterano vocalista e baixista.

Em conversa com a Classic Rock, Hughes deixa claro que não há a intenção de lançar mais material solo além de “Chosen”, ainda que a possibilidade não esteja totalmente dispensada. O artista de 73 anos chega a afirmar, no entanto, que o novo disco apenas cumpre contrato com a gravadora.

Nas palavras de Glenn:

“Esse deve ser o último álbum solo de Glenn Hughes. Foi sugerido que eu precisava fazer um para a gravadora, eu devia um álbum a eles. Então eu pensei: ‘ok, se é assim que vai ser’, e me concentrei nele.”

Para o futuro, Hughes não parece interessado em novos trabalhos solo. O músico afirma que criar música nesse formato é exaustivo, mas ao mesmo tempo, está aberto a mudanças de planos:

“Se eu tiver algo mais a dizer, vocês saberão, mas eu não sei se terei. Não vou me aposentar, mas fazer um álbum solo me destrói. Eles (álbuns solo) são tão pessoais, eles acabam comigo. Não posso fazer planos. Se eu faço planos, Deus diz: ‘sem chance, cara, não vamos fazer isso’. Se ‘Chosen’ for o último álbum que fiz, é uma forma épica de terminar. Mas de novo, comigo, você nunca sabe.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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