O Deep Purple marcou poucos compromissos para 2025. Segundo os integrantes, a intenção era tanto descansar do ritmo intenso da estrada, quanto trabalhar no sucessor do disco “=1” (2024). Mesmo assim, a banda abriu uma exceção ao vir para o Brasil no último mês de junho como atração do festival Best of Blues and Rock e, ao que tudo indica, já prepara o retorno para um futuro próximo quando voltar a excursionar.
Até o momento, a agenda do grupo só tem mais três apresentações em novembro. Conversando com a instituição Third Age Trust, Ian Gillan revelou que ele e os colegas pretendem aumentar o ritmo em 2026 e fazer uma turnê mundial. A América do Sul pode estar contemplada logo no início do ano.
Conforme transcrição do Blabbermouth, o vocalista também citou planos envolvendo a Ásia, América do Norte e Europa. Ele explicou:
“No ano que vem, [estaremos em turnê] de abril até novembro, começando na Ásia e possivelmente na América do Sul. Depois, em maio e junho, vem a temporada de festivais europeus e estaremos por toda a Europa. Julho e agosto estaremos na América do Norte, provavelmente Canadá, Estados Unidos e possivelmente México, que pode ficar para depois. E então, em setembro, outubro [e] novembro faremos uma turnê em arenas pela Europa em várias partes do continente. Já perdi a conta de quantos meses isso dá, mas são vários.”
Caso confirmada, será a 16º passagem do Deep Purple pelo Brasil e a quarta vinda consecutiva. No passado, os músicos tocaram em território nacional em 1991, 1997, 1999, 2000, 2003, 2005, 2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2017, 2023, 2024 e, como mencionado, 2025.
As três últimas visitas ocorreram primordialmente para festivais. Em 2023, eles tocaram no Monsters of Rock. No ano seguinte, foi a vez de estrear no Rock in Rio. Já em 2025, como destacado, foram uma das atrações do Best of Blues and Rock.
Deep Purple e a relação com o Brasil
Diante do número expressivo de vindas ao Brasil, Ian Paice foi perguntado sobre a relação próxima da banda com o país durante entrevista à Folha de S. Paulo em junho. De acordo com o baterista, o grande diferencial está no público brasileiro:
“Nos sentimos em casa no Brasil. Não posso dizer que conhecemos bem o país, porque nossas visitas são sempre muito rápidas, mas é sempre um prazer tocar para o público brasileiro, que é sempre tão caloroso com a gente”.
Ian Gillan concorda. Ao Estadão, o vocalista opinou que a energia dos fãs locais é “diferente de qualquer outro lugar”:
“Nós viajamos por todo o mundo, e conforme você volta aos lugares, primeiramente, você vai e observa a paisagem, os grandes pontos turísticos, olha os museus e tudo mais. Mas quando você já esteve lá algumas vezes, a verdadeira conexão é com as pessoas. E então, como na maioria dos países, desenvolvi amizades no Brasil, e sempre aguardo ansiosamente voltar e me atualizar sobre o que está acontecendo. Recebo todas as minhas informações de amigos, e desnecessário dizer, eles têm suas próprias opiniões sobre as coisas. Mas não é como uma coisa de turista, e não é uma coisa de negócios de jeito nenhum. Quer dizer, fazemos nossa música porque amamos nossa música. É por isso que a fazemos há 60 anos. Se fossem só negócios, teríamos parado depois de cinco anos, mas não é. É uma paixão. E, claro, visitar o Brasil é absolutamente delicioso. Há uma energia no Brasil que é diferente de qualquer outro lugar. É um lugar muito especial.”
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.
