O Black Sabbath ajudou a definir o heavy metal em seus primeiros anos, ainda na década de 1970, e Tony Iommi teve grande importância nesse processo. Há quem diga que o metal surgiu antes – ou depois –, mas Kerry King explica a importância do guitarrista e sua sonoridade inconfundível para a música pesada.
O músico do Slayer falou ao respeito do colega de instrumento do Sabbath em uma lista do Consequence sobre os 100 maiores guitarristas de todos os tempos. Iommi ocupou a terceira posição, perdendo apenas para Eddie Van Halen (2º) e Jimi Hendrix (1º), e ficando logo à frente de Chuck Berry, Prince, Jimmy Page, Sister Rosetta Tharpe, David Gilmour, Jeff Beck e Nile Rodgers, respectivamente do quarto ao 10º colocados.
Encarregado de comentar sobre Tony, Kerry afirmou:
“Quero dizer, de forma realista, se você é remotamente um fã de metal, um fã de heavy metal, um fã de thrash metal, qualquer que seja o metal, Tony começou tudo. E sem Tony, muitos de nós não estaríamos aqui. Acho que é seguro dizer que, sem Tony, bandas como o Judas Priest seriam muito diferentes, porque foi ele que realmente deu origem. Se você gosta de qualquer coisa de metal, você gosta de Black Sabbath. Se não gosta, está brincando consigo mesmo.”
O início do Black Sabbath e de Tony Iommi
Em 1968, foi criada em Birmingham uma banda chamada Polka Tulk Blues Band. No final daquele ano, o grupo mudou de nome para Earth, e poucos meses depois, já no ano seguinte, passou a se chamar Black Sabbath. A formação clássica consistia em Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra, Geezer Butler no baixo e Bill Ward na bateria.
Iommi era canhoto e, ainda jovem, quase viu o sonho de se tornar um guitarrista acabar totalmente ao sofrer um acidente de trabalho que lhe custou as pontas dos dedos médio e anelar da mão direita. Inspirado pelo jazzista Django Reinhardt, que só usava dois dedos no braço da guitarra depois de sofrer queimaduras nas mãos, Tony seguiu em frente.
O guitarrista passou a fazer adaptações, usando ponteiras de couro nos dedos e testando cordas diferentes – inclusive de banjo – que geralmente eram afinadas em configurações mais graves, para que ficassem mais frouxas na guitarra e menos propensas a causar cortes. Foi assim que Iommi criou a sonoridade característica do Black Sabbath e, por consequência, do heavy metal.
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