Glenn Hughes está prestes a lançar seu 15º álbum como artista solo. “Chosen”, que sai no dia 5 de setembro, pode ser o último da carreira do veterano vocalista e baixista, que já integrou bandas como Deep Purple, Black Sabbath, Trapeze, Black Country Communion e The Dead Daisies.
Em conversa com a Classic Rock, Hughes deixa claro que não há a intenção de lançar mais material solo além de “Chosen”, ainda que a possibilidade não esteja totalmente dispensada. O artista de 73 anos chega a afirmar, no entanto, que o novo disco apenas cumpre contrato com a gravadora.
Nas palavras de Glenn:
“Esse deve ser o último álbum solo de Glenn Hughes. Foi sugerido que eu precisava fazer um para a gravadora, eu devia um álbum a eles. Então eu pensei: ‘ok, se é assim que vai ser’, e me concentrei nele.”
Para o futuro, Hughes não parece interessado em novos trabalhos solo. O músico afirma que criar música nesse formato é exaustivo, mas ao mesmo tempo, está aberto a mudanças de planos:
“Se eu tiver algo mais a dizer, vocês saberão, mas eu não sei se terei. Não vou me aposentar, mas fazer um álbum solo me destrói. Eles (álbuns solo) são tão pessoais, eles acabam comigo. Não posso fazer planos. Se eu faço planos, Deus diz: ‘sem chance, cara, não vamos fazer isso’. Se ‘Chosen’ for o último álbum que fiz, é uma forma épica de terminar. Mas de novo, comigo, você nunca sabe.”
Glenn Hughes no Brasil – pela última vez?
A divulgação do novo disco de Glenn Hughes começa em setembro. A turnê conta com cinco datas marcadas no Brasil, dois meses depois. O artista passa por Porto Alegre (11/11), Belo Horizonte (13/11), Rio de Janeiro (14/11), São Paulo (16/11) e Curitiba (18/11). O giro, batizado “The Chosen Years”, segue depois para a Argentina, Chile e Colômbia.
A excursão tem sido promovida pelas produtoras nacionais com uma despedida de Glenn. Porém, o próprio não confirmou o fato publicamente — ele até mesmo descartou a possibilidade de aposentadoria.
Conversando com o BraveWords, o vocalista e baixista refletiu a respeito do momento atual de sua vida. Enquanto afirmou ser um “homem sóbrio”, cercado por uma “esposa maravilhosa” e um “grande amor pela música”, o músico alegou que não tem motivos para parar com a carreira. Pelo contrário: a ideia não faz qualquer sentido para ele.
Citando a trajetória de outros colegas como exemplo, Hughes explicou:
“Estou aqui falando com você como um homem sóbrio. Não bebo há 30 anos, tenho uma esposa maravilhosa, uma vida ótima, um grande amor pela música e ainda estou na ativa. Sabe de uma coisa? Se eu não estivesse curtindo, eu poderia parar hoje. Eu poderia dizer ‘acabou’, mas não acho que seja saudável parar. Você já deve ter ouvido isso de alguns amigos mais velhos, que param e aí eles morrem ou acontece alguma coisa esquisita. Eu não quero isso pra minha vida.”
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