Entre os vários modelos de guitarras usadas por Paul Stanley ao longo da carreira, destacam-se as Ibanez PS10, criadas especialmente para o frontman do Kiss pela fabricante. A parceria começou de forma corajosa por parte do artista, que simplesmente abandonou a toda poderosa Gibson em troca da marca japonesa.
Em entrevista à Guitar World, Stanley contou como cresceu em um ambiente que o tornou um admirador da Gibson. Até meados de 1975, até o lançamento de “Alive!”, o vocalista e guitarrista utilizou modelos da companhia americana, principalmente Flying V, por influência de alguns de seus ídolos.
Paul disse:
“Eu cresci em uma época em que, em quase todo fim de semana, eu ia com três, quatro, cinco dólares e via Humble Pie, Led Zeppelin, The Yardbirds ou Derek and the Dominos. E a maioria das bandas que eu vi era músicos de Gibson.”
Tudo mudou quando o Kiss foi ao Japão e Paul Stanley conheceu a fábrica da Ibanez. Segundo o músico, àquela altura os japoneses fabricavam um modelo Les Paul ainda melhor do que o da Gibson, que é a original. Stanley lembrou:
“Então, os japoneses sabiam como fazer uma ótima guitarra. Não tenho certeza se eles entendiam por que faziam certas coisas, acho que eles estavam apenas emulando e copiando, mas sentei com eles e eles estavam bem abertos a uma colaboração real, em oposição a um endorsement.”
As guitarras de Paul Stanley
Da parceria, nasceu o modelo PS10, que tinha o corpo no formato Iceman, com finalização imitando um espelho quebrado. Nos anos 1980, Paul usou diversos modelos de marcas como Jackson, B.C. Rich e Hamer, antes de voltar para a Ibanez.
Entre os anos 1990 e 2000, o frontman do Kiss também usou instrumentos de marcas como Silvertone e Washburn, sempre personalizados. No entanto, a fabricante japonesa se manteve ligada à sua imagem e, segundo Paul, foi a que alcançou os melhores resultados — e por motivos bem específicos:
“Eu estava procurando uma guitarra que iria amar. E a PS10, quando você fecha os olhos e a toca, é basicamente, e na melhor das formas, como um elogio, é baseada em padrões, muitos dos quais vieram de algumas das minhas antigas guitarras Gibson.”
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