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O álbum do Pink Floyd que deixa Roger Waters com vergonha

Para baixista, aspecto experimental explorado pela banda no fim da década de 1960 é "constrangedor"

Com a saída de Syd Barrett em 1968, o Pink Floyd passou a explorar novos caminhos artísticos. Depois do disco “A Saucerful of Secrets” (1968), que já contou com a colaboração do guitarrista David Gilmour, os músicos gravaram o primeiro álbum completo com a então nova formação: “More” (1969), trilha sonora do filme de mesmo nome, dirigido por Barbet Schroeder.

Com 13 faixas, o trabalho atingiu o nono lugar da parada britânica e virou um clássico, com músicas como “Cymbaline” e “Green is the Colour” marcando presença nos setlists. Roger Waters, porém, acha o período do projeto vergonhoso.

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Durante entrevista para a edição de maio, número 339, da revista Classic Rock, o baixista e responsável por várias das composições definiu o aspecto experimental de tal era como “constrangedor”. Ainda mais porque a característica apareceu em apresentações ao vivo, como no Royal Albert Hall, nas quais a banda utilizou de muitos efeitos sonoros para compor o repertório. 

Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, ele opinou: 

“Alguns podem dizer que foi experimental, mas, olhando para trás, foi bem constrangedor. Para ser sincero, provavelmente fizemos toda essa improvisação porque ainda não tínhamos criado músicas construtivas para tocar.”

Para o longa-metragem, que retrata o vício em heroína, o diretor queria que a trilha sonora estivesse diretamente interligada aos acontecimentos do filme. Foi com esse pensamento que a banda criou as faixas, como pontuado pelo próprio Waters em entrevista em 1984:

“Ele não queria uma trilha sonora acompanhando o filme. Tudo o que ele queria era, literalmente, que, se em alguma cena o rádio estivesse ligado no carro, por exemplo, algo estivesse saindo do rádio. O mesmo para se alguém ligasse a TV. Ele queria que a trilha sonora estivesse diretamente ligada com o que estava acontecendo no filme, em vez de uma trilha musical acompanhando as imagens.”

Pink Floyd e as trilhas sonoras

Durante o período entre 1968 e 1970, o Pink Floyd se distinguiu entre artistas experimentais da época por meio de seu trabalho em trilhas sonoras de filmes. À época, a banda contribuiu ao todo para três filmes: o clássico da contracultura Zabriskie Point, de Michelangelo Antonioni; o pouco conhecido The Committee, de Peter Sykes, que só teve a trilha lançada em 2016; e, como mencionado, More, estreia do suíço Barbet Schroeder na cadeira de diretor.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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