Axl Rose é o único integrante que esteve presente em todas as formações do Guns N’ Roses. Reconhecido como o líder da banda, o cantor também sempre teve um alto nível de envolvimento nos bastidores. De acordo com um ex-empresário do grupo, que trabalhou com os membros entre 1986 e 1991, o vocalista recebe até mesmo uma porcentagem maior da renda gerada pelos músicos.
Segundo Alan Niven, hoje em dia, o artista fica com metade da grana “por uma questão de controle”, o que o próprio descreveu como um “absurdo”, visto o trabalho dos outros integrantes. Diante de tal contexto, o profissional ainda criticou os dois mais recentes discos de estúdio do GN’R, “The Spaghetti Incident?” (1993) e “Chinese Democracy” (2008).
Ao podcast Appetite for Distortion, conforme transcrição da Classic Rock, ele afirmou:
“É uma questão de controle com o Axl. Aqui vai outro pequeno exemplo que é revelador e ajuda a formar uma percepção correta. O Axl fica com 50% da renda do Guns N’ Roses agora. Isso, pra mim, é um absurdo. Ele não é o Guns N’ Roses. Eles eram cinco indivíduos. Tinham aquela química. Mas o Axl quer controlar tudo o tempo todo. E olha no que isso deu. Um disco solo entediante e uma porcaria de álbum de covers punk. E só.”
No passado, Slash afirmou que sua saída do Guns N’ Roses, em 1996, foi motivada pelas tentativas de controle por parte de Axl. Em sua autobiografia, lançada em 2007, o guitarrista relatou que ele e o baixista Duff McKagan precisaram assinar um contrato transferindo os direitos sobre o nome da banda para o vocalista.
“Quando me perguntam por que saí do Guns N’ Roses, ocorrem-me três motivos: primeiro, o fato de que durante aquela turnê quase nunca subíamos ao palco no horário; segundo, o cancelamento do shows sem razão alguma; e terceiro, o infame contrato concedendo a Axl o nome da banda caso rompêssemos. Aquele contrato foi um verdadeiro tapa na cara […]. Todas essas condições apontavam para uma situação em que a banda e tudo o que a cercava estavam dispostos de modo a ficar sob o controle de Axl. A começar pela questão do nome e passando para o fato de que ele queria cada músico sob um contrato que pudesse ser encerrado por mau comportamento […]. Aquela situação toda do contrato era a antítese do Guns N’ Roses, a meu ver. Tudo girou tanto em torno de Axl desejar o controle que o restante de nós se sentiu sufocado.”
Axl defendeu-se da acusação. Durante uma sessão de perguntas e respostas em 2008, compartilhada pelo Blabbermouth, o cantor admitiu a existência do contrato, mas destacou que os colegas concordaram com os termos propostos antes mesmo de documentá-los:
“Quando o Guns renegociou nosso contrato com a Geffen, eu incluí a cláusula sobre o nome como uma forma de me proteger, já que fui eu quem criou o nome e originalmente começou a banda com ele. Isso tinha mais a ver com a gestão do que com a banda em si, pois nosso então empresário estava sempre tentando convencer alguém a me demitir […]. A cláusula foi adicionada ao contrato e todos assinaram. Não foi algo escondido nas letras miúdas, etc., pois era necessário rubricar a seção confirmando que você havia reconhecido aquilo. Na época, eu não tinha noção sobre marcas registradas ou valor corporativo, nada disso. Tudo o que eu sabia era que fui eu quem sugeriu o nome e, desde o começo, todos concordaram que ele seria meu caso a banda se separasse — e agora isso estava documentado.”
Alan Niven e a demissão do Guns N’ Roses
De acordo com registros oficiais, Alan Niven acabou demitido após Axl Rose se recusar a completar os álbuns “Use Your Illusion” enquanto ele não fosse mandado embora. Apesar de todos os outros membros da banda terem discordado, a decisão foi tomada pelo vocalista de forma irrevogável.
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