O Winger fará sua turnê de despedida neste ano, com apresentações já marcadas nos próximos meses por Japão e Austrália, além de festivais na Itália e Estados Unidos. Depois de algumas décadas de serviços prestados, é hora de encerrar as grandes viagens.
Kip Winger parece estar tranquilo com isso. O vocalista, baixista e líder do grupo americano de hard rock comentou sobre os shows finais em entrevista à White Line Fever TV (via Blabbermouth).
O músico afirma que embora não vá sentir falta da fama — que, ele admite, não é tão grande assim —, deverá ter saudade de tocar com Reb Beach (guitarra), Rod Morgenstein (bateria), Paul Taylor (guitarra, teclados) e Jon Roth (guitarra, teclados). Ao mesmo tempo, os olhos já estão voltados para outros projetos:
“Ouça, tenho sido conhecido por toda minha vida. Mas nunca fui tipo: ‘ei, sou um rockstar’, ou nada assim. É fácil conversar com as pessoas. O que eu vou sentir falta é de tocar com esses caras que eu amo tanto, mas estou bem animado para seguir para esse outro mundo sobre o qual estou realmente inspirado, porque estou ouvindo tanta música.”
Kip Winger ainda não tem planos para o exato último show, que pode ou não contar com convidados, segundo ele. De qualquer forma, o artista de 63 anos deixa claro que esse é o fim das turnês e não das apresentações ou das atividades da banda como um todo.
“Em algum ponto farei um show final com a banda. Não sei quando será. Mas isso não significa que não farei um cruzeiro ou algo assim. Eu realmente não sei. Não estou dizendo: ‘ei, esse é o último show que nós vamos fazer’, porque… bem, o Kiss fez isso por 10 anos, então… [risos]”
Rotina de turnê
A principal razão para a despedida parece ser realmente o cansaço da rotina das turnês, que costuma ser bastante pesada, especialmente para bandas que não são gigantes. Kip Winger acredita que essa será a maior mudança.
“Bem, a maior coisa são as viagens. Se você faz 40 shows em um ano — e às vezes fazemos mais do que isso — você tem duas vezes essa quantidade de dias no final de cada viagem. Então, você passa metade de um ano da sua vida sentado em um aeroporto, e isso realmente… sabe, não somos uma banda enorme. Não voamos por aí em nosso próprio Learjet. Então isso tende a cobrar um preço. De repente, todos os meus objetivos pessoais acabam indo embora em um aeroporto, em algum lugar em Chicago. Então minha vida será diferente desta forma.”
Sobre o Winger
Formado em 1987, o Winger teve poucas alterações em sua formação ao longo dos anos, embora tenha passado por alguns períodos de hiato. O primeiro foi a partir de 1994, com um retorno entre 2001 e 2003. O grupo retomou as atividades de forma definitiva a partir de 2006, e desde então lançou 4 discos de estúdio, além dos 3 da primeira fase.
O trabalho mais recente do Winger, “Seven” (2023), marca o retorno de Paul Taylor, um dos fundadores da banda. O guitarrista e tecladista se ausentou da formação em alguns períodos, incluindo aqueles que geraram todos os álbuns entre “In the Heart of the Young” (1990), seu último até então, e o registro atual.
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