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A importante regra que o Rush estabeleceu e fez questão de nunca quebrar

Segundo Alex Lifeson, complexidade da própria obra fez trio definir norma a ser acompanhada durante toda a carreira

As realizações do Rush, principalmente em estúdio, representam parte importante do legado do trio canadense. Afinal de contas, tratava-se de uma banda formada por músicos de alto nível técnico em seus instrumentos.

Cientes disso, eles criaram e seguiram uma regra considerada sagrada por todos os integrantes na hora de compor e gravar faixas tão complexas.

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O guitarrista Alex Lifeson revelou a norma imposta pelos próprios membros durante entrevista ao podcast do Ultimate Classic Rock (transcrita pelo próprio UCR). Basicamente, o acordo era: tudo o que nascia em estúdio deveria ser possível de se reproduzir ao vivo, a qualquer custo.

O artista disse:

“Nós tínhamos que ser capazes de replicar ao vivo o que quer que estivéssemos fazendo em estúdio. Seguimos isso eternamente – e mesmo nos dias finais, isso significava desencadear mais coisas que tínhamos gravado em estúdio.”

Lifeson explicou que, para seguir a regra, era comum que partes complexas de cada instrumento fossem “achatadas” em uma quantidade menor de faixas (canais) de gravação. Isso tornava a sonoridade mais simples e ajudava na hora de tocar ao vivo melodias e harmonias mais complexas.

O guitarrista contou:

“Usávamos muitas faixas de gravação. Lembre-se, a bateria de Neil (Peart) usava cerca de 30 canais na gravação. Então nós conseguimos colocar muita coisa em camadas, acho que, às vezes, coisas demais. Esse pode ser o perigo. Você tem tantas ideias, quer colocar tudo. Em ‘Snakes and Arrows’ (2007), cara, colocamos tanta coisa em camadas. Ouvi tantas coisas de guitarra e queria colocar tudo lá. E então Ged (Geddy Lee) colocava suas camadas de vocais e as harmonias.”

O Rush pós-Rush

Em 2015, o Rush realizou uma turnê comemorativa de 40 anos, intitulada “R40”. O último show aconteceu em 1º de agosto daquele ano.

Na época, os canadenses afirmaram que aquela era a última grande tour em larga escala. Acabou por se tornar a derradeira de forma definitiva. Depois de cinco anos sem atividades, o baterista Neil Peart faleceu em janeiro de 2020, o que botou fim ao grupo.

Lifeson e Lee não descartam uma nova parceria, mas não se trataria de um retorno do Rush. Os dois já apareceram juntos em eventos como os shows tributo a Taylor Hawkins (baterista do Foo Fighters, falecido em 2022). O guitarrista tem se mantido mais ativo com seu novo grupo, o Envy of None.

O vocalista, baixista e tecladista aparece um pouco menos, mas fez participações e lançou em 2023 sua autobiografia, “My Effin’ Life”. No mesmo ano, divulgou ainda no Paramount+ a série “Geddy Lee Asks: Are Bass Players Human Too?”, onde entrevista grandes nomes do baixo no rock, como Robert Trujillo (Metallica), Les Claypool (Primus), Krist Novoselic (Nirvana) e Melissa Auf der Maur (ex-Hole e Smashing Pumpkins).

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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