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O riff de Slash que Axl Rose odiou a ponto de descartar

De acordo com guitarrista, vocalista do Guns N' Roses descreveu a composição em questão como "caipira"

Discordâncias criativas são comuns em bandas e com o Guns N’ Roses não foi diferente. Durante a década de 1990, Slash sentiu na pele o problema dentro do grupo. Tanto que, após o fim da longa turnê “Use Your Illusion” em julho de 1993, o guitarrista decidiu tomar as rédeas e criou o que virou o seu primeiro álbum ao lado do Snakepit: “It’s Five O’Clock Somewhere” (1995). 

Ao relembrar os bastidores do disco, o músico explicou que ele e Axl Rose tinham visões diferentes para o futuro do GN’R, especialmente no que dizia respeito à sonoridade. Por isso, quando Slash mostrou demos do que viraria o “It’s Five O’Clock Somewhere”, o vocalista recusou usá-las. 

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À Metal Edge (via Classic Rock), na época, o guitarrista contou:

“Tínhamos feito tantas baladas e vídeos conceituais que comecei a me preocupar um pouco com o rumo que as coisas estavam tomando. […] Axl e eu discordávamos sobre a direção futura da banda. Mostrei para ele uma demo com algumas das minhas ideias para músicas e tudo o que ele disse foi: ‘não estou a fim de tocar esse tipo de música’. Respondi: ‘mas isso poderia ser um excelente disco dos Gunners, cem por cento no estilo do GN’R’. Ele não se importava, porque só queria tocar coisas industriais no estilo do Pearl Jam.”

Uma das demos envolvia o riff posteriormente utilizado na faixa instrumental “Jizz Da Pit”, orientado ao blues. Segundo Slash, Axl simplesmente “detestava” a composição:

“Era um riff que eu já tinha feito há um tempo, mas o Axl odiava. Ele chamava de ‘redneck’ (‘caipira’). Ele detestava, então nunca usei [no Guns].”

Conversando com uma publicação francesa em 1996, Matt Sorum chegou a demonstrar um certo ressentimento com o fato de Axl não ter aprovado as primeiras ideias de Slash, que acabaram entrando para o disco. O baterista afirmou:

“O álbum do Snakepit poderia ter sido o novo álbum do Guns N’ Roses, mas Axl achou que não era bom o suficiente.”

Axl Rose e “It’s Five O’Clock Somewhere”

Em sua autobiografia, Slash também citou o fato ter mostrado algumas das composições para Axl Rose, que as rejeitou, determinado a fazer a banda seguir um caminho diferente. No livro, o guitarrista disse:

“Não fiquei surpreso, quando lhe enviei algumas demos, com o fato de ele não se mostrar nem um pouco interessado na música que eu estava compondo.”

Em entrevista para a Rolling Stone, no ano de 2018 (quando a parceria com Rose já havia sido retomada), o músico minimizou o ocorrido. Na nova versão da história, disse que eram apenas de alguns riffs e ideias.

“Sei que existiam alguns riffs, mas, provavelmente, não iriam a lugar nenhum, então eu apenas pensei: ‘ok, tudo bem’. Foi mais ou menos o que aconteceu. Ninguém ficou empolgado em trabalhar naquelas músicas, então, o restante do disco (do Snakepit) é de coisas novas que eu estava compondo.”

Em entrevista de 1999 (quando ainda havia rusgas) à MTV, o próprio cantor — que desde 1996 já não trabalhava mais com Slash — abordou a situação. Ele disse:

“O que as pessoas não sabem é que o álbum do Snakepit é o álbum do Guns N’ Roses. Eu simplesmente não faria aquilo… não acreditava naquilo. Achei que havia riffs, partes e ideias que precisavam ser desenvolvidas.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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