Nita Strauss diz que rock/metal está cheio de bebês chorões

Para guitarrista, uma parcela do público que consome música pesada não aceita que bandas explorem novas sonoridades

Nita Strauss considera a cena do rock e do metal como a sua “casa”. Aos 38 anos de idade, a guitarrista tornou-se mais conhecida no gênero ao entrar para a banda de Alice Cooper em 2014 – com quem permanece trabalhando até hoje. Porém, apesar de já ter definido a comunidade como “incrível” e “solidária” no passado, a artista também enxerga problemas. 

A musicista acredita que, além do machismo já abordado em outras ocasiões, a música pesada está cheia de “bebês chorões”. Em sua opinião, uma parcela do público que consome o gênero não aceita que as bandas explorem novas sonoridades ou saiam de sua zona de conforto. Isso afeta não só grupos menores, como também grandes nomes do segmento.

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À Metal Hammer (via Guitar), ela explicou: 

“O negócio com o mundo do rock e do metal – que eu amo e é o meu lar – é que é cheio de bebês chorões e reclamões. Se uma banda faz uma leve mudança em relação ao que já fez antes, os fãs choram por isso e dizem: ‘tudo o que eles fazem agora é horrível!’. O Metallica é a maior banda do mundo e as pessoas ainda reclamam das novas músicas deles.”

Para Nita, a postura “radical” vem do desejo de “proteger a cena”, o que não faz tanto sentido. Nas palavras da guitarrista, a liberdade criativa deveria estar em primeiro lugar:

“Acho que uma grande parte disso acontece porque todo mundo sente que precisa proteger nossa cena e mantê-la segura – como se pessoas de fora não pudessem entrar, o que acho uma loucura. Se um artista pop quer fazer um álbum de rock, ótimo. Se um artista de rock quer fazer um álbum de R’n’B, ótimo. A música é para todos.”

Diferenças entre fãs de rock/metal e de pop

Em entrevista anterior ao Full Metal Jackie, Nita já havia comparado o comportamento dos fãs de metal e de pop nesse sentido. Quando entrou para a banda da popstar Demi Lovato, que migrou para uma sonoridade orientada ao rock em 2022, a guitarrista percebeu como a recepção dos admiradores da cantora foi positiva e acolhedora – algo que a surpreendeu diante do cenário do qual veio: 

“Obviamente eu venho do mundo do rock, hard rock e metal e estou acostumada com fãs ficando furiosos sempre que algo muda. A coisa legal foi que Demi mudou o estilo dela inteiro. Mudou as roupas, o estilo musical, e ela rearranjou todos os hits. Os fãs a apoiavam e se esgoelavam até o fim de cada show. Não houve reação negativa. Não teve nenhum, ‘Não é assim que você deveria soar. Não foi isso que a gente queria. A gente quer a Demi de antes’.”

Sobre Nita Strauss

Nita Strauss faz parte da banda de Alice Cooper desde 2014. Também tocou nas bandas Lia-Fail, Femme Fatale e The Iron Maidens, além do grupo de apoio de Demi Lovato entre 2022 e 2023. Participou de discos de Jamie Christopherson, Critical Hit, Docker’s Guild, FB1964, Metal Allegiance, Kane Roberts e We Start Wars, entre outros.

Em 2023, lançou o álbum “The Call of the Void”. Ao contrário do primeiro, “Controlled Chaos” (2018), completamente instrumental, o segundo trazia metade do tracklist com faixas cantadas por vocalistas convidados.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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