No último dia 19 de outubro, Sammy Hagar foi o responsável pelo discurso de entrada do Foreigner ao Rock and Roll Hall of Fame. O cantor ainda participou da homenagem musical, se juntando a outras estrelas para celebrar a obra do grupo, incluindo Slash, Chad Smith, Demi Lovato e Kelly Clarkson. Porém, a relação quase foi além das honrarias no passado.
Em entrevista à Classic Rock durante o evento, o músico revelou que quase foi chamado para um teste nos anos 1970. À época, ele já havia feito história gravando os dois primeiros álbuns do Montrose. O debut é considerado o disco pioneiro do heavy metal nos Estados Unidos.
Disse o Red Rocker à revista:
“Costumava brincar com Mick Jones (multi-instrumentista e líder do Foreigner) que eu devia ter sido convidado para um teste. Dizia: ‘Eu canto muito como Lou Gramm e estava quebrado à época, cara!’ E ele respondia: ‘Nós também estávamos. Você morava na Costa Oeste, eu na Costa Leste. Não tinha dinheiro para te levar para uma audição’. Mas esse é o tipo de relacionamento que Mick e eu sempre tivemos.”
Sammy Hagar e Foreigner, a briga
Em 1978, os caminhos de Sammy e o Foreigner se cruzaram e a coisa ficou feia. Assim como quando abriu para o Kiss, Hagar conseguiu entrar em encrenca com a atração principal. Ele recordou o incidente de 1978, em Flint, Michigan:
“Nós batemos cabeças uma vez. Eles estavam começando a ficar grandes. Eu abri o show e arrasei. Fui fazer um bis e eles mandaram acenderam as luzes. Disse, ‘Que se dane, vou fazer de qualquer maneira.’ Fizemos as pessoas na plateia entenderem que estávamos sendo prejudicados.”
Mas a coisa não parou por aí. Rolou até um constrangimento.
“No dia seguinte eu estava em uma estação de rádio em Detroit porque tocaríamos lá à noite. Eu estava sentado, falando besteiras e batendo no peito: ‘É cara, nós os corremos do palco. Eles acenderam as luzes e nós seguimos de qualquer maneira, rock’n’roll’. Eu saio da sala e Mick Jones está sentado ali, se preparando para falar em seguida. Ele olhou para mim e apenas abaixou a cabeça. Eu disse, ‘Ah cara, ah Mick, sabe…’ Mas nós fizemos as pazes. Essa foi a única vez que tivemos um pequeno atrito, realmente.”
Mick Jones e Van Halen
Em 1986, Mick Jones acabou produzindo “5150”, estreia de Sammy Hagar como vocalista do Van Halen. O trabalho chegou ao primeiro lugar nos Estados Unidos, onde vendeu mais de 6 milhões de cópias apenas à época do lançamento.
Apesar do sucesso, o disco não foi uma unanimidade entre os fãs, que criticaram a sonoridade “amaciada” e o uso excessivo de teclados.
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