Antes mesmo de entrar para o Metallica em 2003, Robert Trujillo era um fã da banda. Não é à toa que, para o baixista, um álbum em específico do grupo anterior à sua chegada é o disco definitivo do thrash metal.
Durante entrevista ao podcast Toby Morse One Life One Chance, o músico manifestou o apreço pelo “Ride the Lightning” (1984). Apesar de reconhecer a importância de outros projetos lançados à época, o artista acredita que o trabalho soava diferente dos demais, inclusive por causa do saudoso baixista Cliff Burton.
Conforme transcrição do Ultimate Guitar, ele explicou:
“[‘Ride the Lightning’] era o álbum com o qual eu treinava. O outro era ‘Reign in Blood’, do Slayer, e às vezes eu escutava um pouco de Anthrax também. Mas ‘Ride the Lightning’ é realmente o álbum definitivo para mim. Uma das coisas muito incríveis no Metallica era Cliff tocando, o que, infelizmente, eu não tive a oportunidade de ver.”
Anteriormente, Trujillo já havia mencionado como gostava de correr ao som do “Ride the Lightning”. À Rolling Stone em 2015, contou:
“Antes mesmo de eu entrar no Metallica, eu costumava treinar para as turnês, quando estava no Suicidal Tendencies, ouvindo o ‘Ride the Lightning’. Não há nada como correr em trilhas ao som de ‘Fight Fire With Fire’.”
Já para a Revolver em 2022, ainda acrescentou:
“Eu gostava da faixa ‘Disposable Heroes’ [do ‘Master of Puppets’] antes mesmo de entrar para a banda. Eu costumava correr nas colinas das montanhas de Santa Mônica para me preparar para as turnês do Suicidal Tendencies. Eu tinha três ou quatro fitas cassete que me motivavam: uma delas era ‘Master of Puppets’. As outras eram ‘Reign In Blood’ [ do Slayer ] e ‘Ride the Lightning’. Foi assim que eu realmente descobri o ‘Master of Puppets’.”
Metallica e “Ride the Lightning”
Disponibilizado em 27 de julho de 1984, “Ride the Lightning” foi gravado em três semanas no Sweet Silence Studios em Copenhague, Dinamarca, com o produtor Flemming Rasmussen. Foi o último a contar com contribuições de Dave Mustaine nas composições, assim como o primeiro a ter colaborações de seu substituto, Kirk Hammett.
A sonoridade já contava com maior sofisticação em comparação à crueza de “Kill ‘Em All”. O mesmo pode ser dito do conteúdo lírico, com citações a escritores como Stephen King, Ernest Hemingway e H.P. Lovecraft.
Vendeu mais de 6 milhões de cópias em território estadunidense. A turnê contou com a primeira aparição no Monsters of Rock, em Donington, tocando entre Ratt e Bon Jovi – o que despertou a ira de James Hetfield, com direito a discurso inflamado em pleno palco.
Sobre Robert Trujillo
Descendente de mexicanos e povos nativos dos Estados Unidos, Robert Trujillo começou a se interessar por música ainda na infância, incentivado pela mãe, grande fã da Motown. Destacou-se na cena ao entrar no Suicidal Tendencies, na virada dos anos 1980 para os 1990. Também participa até hoje do Infectious Grooves, outro projeto do vocalista Mike Muir.
Passou pela banda de Ozzy Osbourne, além de ter tocado com Black Label Society, Jerry Cantrell e Glenn Tipton (Judas Priest). Desde 2003 integra o Metallica, com quem já foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame.
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