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A música do Sepultura que mais causou impacto em Derrick Green

Lançada em 1993, música em questão impressionou o vocalista por incluir elementos de hardcore

Antes de entrar para o Sepultura em 1997, Derrick Green já era um fã da banda. O vocalista passou a gostar do grupo com o lançamento do álbum “Arise” (1991), quando percebeu que os músicos desenvolveram mais a própria personalidade. Pouco mais tarde, uma faixa em específico causou grande impacto no cantor. 

Em entrevista à Metal Hammer, ele e o guitarrista Andreas Kisser elencaram as cinco canções que definem a carreira do Sepultura. Uma das escolhas ficou em “Territory”, presente no disco Chaos A.D. (1993). 

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Primeiramente, Andreas justificou a menção:

“’Territory’ é uma das nossas maiores músicas. Acho que ela representa a energia brasileira que estávamos trazendo para a nossa música de forma mais intensa. Acho que a abertura, a parte da bateria que Iggor [Cavalera] criou, é uma mistura fantástica de hardcore e ritmo brasileiro.”

Então, veio a explicação de Derrick. Nas palavras do vocalista, a faixa soou diferente aos seus ouvidos à época de lançamento e o impressionou. O motivo foi o seguinte:

“Acho que essa música causou um impacto mais forte em mim porque havia elementos de hardcore ali que eu nunca tinha ouvido no Sepultura. Era muito diferente de ‘Arise’ e ‘Beneath the Remains’ (1989). Esse álbum [‘Chaos A.D.’] realmente me cativou e o mesmo aconteceu com muitos dos meus amigos na época em que foi lançado. Ele chamou muita atenção, especialmente pelas letras. Sinto que foi mais forte porque abordava questões sociais.”

Conversando com a Banger TV em 2018, o vocalista contou como, no passado, o hardcore era sua maior preferência. Ainda assim, ele expandiu o próprio gosto musical – o que incluiu passar a ouvir o Sepultura. Conforme transcrição do Whiplash, disse na ocasião: 

“Eu acho que o hardcore e o punk sempre estiveram em primeiro lugar, mas acho que o metal se tornou mais interessante quando o conteúdo lírico começou a mudar com certas bandas. Havia certas bandas de metal que sempre tiveram um impacto. Slayer e Celtic Frost eram bandas que me impressionavam. Mesmo eu sendo da cena hardcore, eu achava aquilo incrível. Com o Sepultura, eu os achava ótimos. Eu realmente comecei a gostar com o álbum ‘Arise’, eles começaram a desenvolver um pouco mais de sua própria personalidade na música, e o conteúdo lírico estava melhorando e melhorando.”

Sobre “Chaos A.D.”

Lançado em 2 de setembro de 1993, “Chaos A.D.” foi o quinto álbum completo da carreira do Sepultura. Após o status alcançado com o anterior, “Arise” (1991), o trabalho fez a banda brasileira ser alçada de vez ao estrelato.

Com mais de um milhão e meio de cópias vendidas, “Chaos A.D.” ganhou disco de ouro em sete mercados fonográficos, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Brasil. O trabalho mostra o Sepultura incorporando elementos diferentes ao thrash/death metal de seus primórdios.

Nomes como Jello Biafra (ex-Dead Kennedys) e Evan Seinfeld (Biohazard) colaboraram com o processo de composição. Além das músicas autorais, o tracklist incluía uma versão para “The Hunt”, do New Model Army. As edições brasileira e norte-americana ainda traziam o cover de “Polícia”, do Titãs.

Sepultura atualmente

O Sepultura continua excursionando com a turnê de despedida “Celebrating Life Through Death”. Iniciada no último mês de março, a série de shows que também marca os 40 anos da banda já passou por países da América Latina, América do Norte e Ásia. Agora, atravessa a Europa e, neste mês de novembro, volta para o Brasil.

Depois disso, os músicos seguirão apresentando o espetáculo, com datas divulgadas até julho de 2025. Andreas Kisser já deixou claro que ele e os colegas querem “esticar até onde for possível”.

Por isso mesmo, o esperado é que o show final do grupo aconteça somente em 2026, prazo limite que os próprios estabeleceram. E os integrantes já têm um lugar em mente para a ocasião.

Conversando com o Moshpit Passion, o guitarrista destacou o desejo de levar a “Celebrating Life Through Death” para destinos onde não teve a oportunidade de tocar. Ainda revelou os planos de encerrar a tour em São Paulo — e não em Belo Horizonte, cidade em que o grupo foi criado e onde a excursão teve início — com a participação de todos os ex-membros do Sepultura, incluindo os irmãos Max e Iggor Cavalera.

Ele disse:

“Estamos planejando fazer o último show de despedida em São Paulo em 2026. Gostamos de ir para lugares novos, onde nunca estivemos antes. Gostamos de fazer nossa despedida com calma, sem pressa. Não há razão para apressar nada. Estamos curtindo muito o momento. Estamos celebrando o momento. É fantástico. Seria ótimo registrar [profissionalmente] o último show. Gostaríamos de convidar todos os ex-membros, incluindo os irmãos Cavalera. Vamos ver o que acontece. Estamos trabalhando para isso, para ter uma grande celebração para os fãs.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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