É baterista e está disposto a entrar uma banda como o Primus? Você está com sorte: o grupo anunciou uma seleção aberta a todos para encontrar um novo integrante.
A decisão foi tomada após a saída de Tim “Herb” Alexander, considerada repentina, no último mês de outubro. O músico alegou uma série de razões pessoais para se desvincular da formação.
Em comunicado, a banda diz que interessados pelo trabalho podem enviar currículo e uma apresentação em vídeo recente para o e-mail [email protected]. A nota afirma:
“Procura-se um indivíduo bem-educado e afável com sensibilidade e estética originais, possuindo um desejo de abrir novas portas no mundo criativo. Habilidades chamativas são maravilhosas, mas o groove e a capacidade de ouvir, reagir e contribuir para a conversa musical são essenciais.”
Tim “Herb” Alexander deixa o Primus
No fim de outubro, o Primus anunciou a saída de Tim “Herb” Alexander, duas semanas após ter recebido a notícia por e-mail.
A notícia caiu como uma bomba, de acordo com os próprios. O grupo encerrou recentemente uma turnê e não via sinais de que o agora ex-colega pudesse tomar a decisão.
Foi a terceira passagem do instrumentista pelo conjunto. Ele participou inicialmente de 1989 a 1996, justamente o auge comercial. Regressou em 2003 e permaneceu até 2010, voltando outra vez a partir de 2013.
Eles explicam:
“Na quinta-feira, 17 de outubro, recebemos um e-mail de Tim ‘Herb’ Alexander expressando que, a partir de então, ele não estaria mais envolvido com o Primus. Foi um choque completo para todos nós. Logo após uma maravilhosa turnê de primavera e verão, com alguns planos fabulosos pela frente, tem sido um pouco desconcertante para nós que tenha desistido tão abruptamente. Após várias tentativas de comunicação com Herb, sua única resposta foi outro e-mail dizendo que ‘perdeu sua paixão por tocar’. Por mais decepcionante que isso seja, respeitamos sua escolha e isso nos forçou a tomar algumas decisões difíceis.”
Em comunicado à Rolling Stone, Alexander explicou seu ponto de vista. Ele declarou, inicialmente:
“Sei que há muitas perguntas sobre o motivo de eu ter saído do Primus e sinto que é importante compartilhar meu lado da história — para mim e para nossos fãs. Foi uma das decisões mais desafiadoras da minha vida, mas, no final das contas, tudo se resumiu ao amor — por mim, minha família e a vida que quero criar daqui para frente. Escolhi um caminho de amor.”
A seguir, Tim contou que o dito pela banda como seu motivo para sair – ter perdido a paixão por tocar – não representava o todo da fala.
“Eu disse isso. Mas também disse: ‘Todas essas turnês me deixaram com uma sensação de vazio. Meu corpo dói constantemente’. Esse contexto é importante. Também disse que eles merecem alguém que queira estar lá. Mantenho isso. No que diz respeito a ‘abruptamente’, suponho que nunca há o momento perfeito para deixar algo do qual você faz parte há tanto tempo. As bandas têm seu próprio funcionamento interno e são um relacionamento. Às vezes não parece equilibrado e às vezes não dá certo.”
No parágrafo seguinte, o artista falou sobre outro fator que pesou para abandonar o grupo: sua psique.
“Nos últimos meses, tenho estado em um lugar de cura profunda e reabilitação intensiva de saúde mental, aprendendo a confrontar lutas que carreguei por anos. Neste período de solidão, comecei a ver com nova clareza o que não me serve mais, as pessoas e situações que não apoiam meu bem-estar e as partes da minha vida que preciso deixar ir para encontrar paz e estabilidade.”
A saúde física também contou, especialmente pelos problemas cardíacos que já enfrentou.
“Ser baterista por quase quatro décadas tem cobrado seu preço do meu corpo. Como eu disse antes, meu corpo dói. Minhas mãos doem. Minhas costas doem. Dez anos atrás, fiz uma cirurgia de coração aberto e ainda estou lidando com as consequências.”
Sobre o Primus
O Primus não lança um álbum de material inédito desde 2017, quando saiu “The Desaturating Seven”. O disco chegou ao 26º lugar na Billboard 200, principal parada dos Estados Unidos.
Fundado em 1984, o grupo mistura elementos de rock, metal, funk, progressivo e sonoridades experimentais. O baixista e vocalista Les Claypool é o único integrante original. O guitarrista Larry LaLonde, ex-Possessed, faz parte desde 1989.
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