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Venda de discos de vinil cai 33% nos EUA em 2024, segundo relatório

Queda registrada ultrapassou quantia equivalente a mais de 11 milhões de LPs em comparação a 2023; CDs e streaming também diminuíram

ATENÇÃO: Este conteúdo foi atualizado. Clique aqui para conferir esclarecimento.

A venda de discos de vinil sofreu grande queda nos Estados Unidos, principal mercado da indústria, no ano atual. De acordo com relatório da Luminate repercutida pela Billboard (via Consequence), o número de comercializações caiu de 34,9 milhões de LPs para 23,3 milhões em comparação ao mesmo período de 2023.

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A pesquisa ainda apresentou dados a respeito dos CDs. Os discos digitais também sofreram um declínio de 19,5%, indo de 26,2 milhões para 21 milhões.

Alguém mais apressado por associar o fenômeno a um avanço do streaming. No entanto, as plataformas também apresentaram números inferiores em 8,3% no período.

No total, as vendas de álbuns caíram 23%, diminuindo de 75,5 milhões de unidades vendidas em 2023 para 57,5 ​​milhões de unidades em 2024.

Porém, alguns aumentos notórios ​​em relação ao ano passado podem ser percebidos. Os streamings de áudio sob demanda cresceram 7% em relação a 2023. Além disso, os lançamentos de catálogo (álbuns ou músicas que foram lançados há mais de 18 meses) foram ouvidos mais do que os atuais neste ano.

Fatores que contribuem para a queda

Como sugere a plataforma de negócios de áudio Headphonesty, a queda nas vendas de vinil tem mais a ver com fatores econômicos do que com relevância do meio.

O veículo aponta que a inflação, as taxas de juros mais altas e o aumento do custo de vida nos Estados Unidos tornaram menos acessível a compra de vários discos de vinil com preços acima de US$ 40 (cerca de R$ 223 na cotação atual e em transação direta). Box sets e reedições, também muito populares no formato, têm preços entre US$ 50 (R$ 279) e US$ 200 (R$ 1.118).

Pela mesma razão, vários festivais de música no país têm apresentado dificuldades para vender ingressos, sobretudo nos últimos meses.

Os preços dos discos de vinil também sofreram aumento devido ao repasse no custo da produção — que nunca foi barato, mas ficou ainda mais oneroso em função do aumento da demanda na pandemia.

CDs e discos de vinil pelo mundo

A situação do mercado em anos recentes tem se mostrado imprevisível, embora aponte algumas tendências. Ano passado foi reportado que os LPs venderam mais que os CDs pela primeira vez desde 1987. Outra curiosidade é que, de acordo com estudo, 50% dos compradores de discos de vinil não têm toca-discos.

Mas o compact disc se recusa a jogar a toalha. No Brasil, o formato ainda vende mais – embora os dois sejam engolidos pelo streaming. No Reino Unido, o CD apresentou um crescimento na comercialização em 2023.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. A culpa é exatamente da indústria pois se fizesse como no passado popularizando os álbuns,venderiam miti mais,e quem quer colecionar se assustam com valores atribuídos ao tocas discos que beira a estrastrosfera…
    Eu mesmos parei de colecionar Aida nós anos 90.

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Queda registrada ultrapassou quantia equivalente a mais de 11 milhões de LPs em comparação a 2023; CDs e streaming também diminuíram

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A venda de discos de vinil sofreu grande queda nos Estados Unidos, principal mercado da indústria, no ano atual. De acordo com relatório da Luminate repercutida pela Billboard (via Consequence), o número de comercializações caiu de 34,9 milhões de LPs para 23,3 milhões em comparação ao mesmo período de 2023.

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A pesquisa ainda apresentou dados a respeito dos CDs. Os discos digitais também sofreram um declínio de 19,5%, indo de 26,2 milhões para 21 milhões.

Alguém mais apressado por associar o fenômeno a um avanço do streaming. No entanto, as plataformas também apresentaram números inferiores em 8,3% no período.

No total, as vendas de álbuns caíram 23%, diminuindo de 75,5 milhões de unidades vendidas em 2023 para 57,5 ​​milhões de unidades em 2024.

Porém, alguns aumentos notórios ​​em relação ao ano passado podem ser percebidos. Os streamings de áudio sob demanda cresceram 7% em relação a 2023. Além disso, os lançamentos de catálogo (álbuns ou músicas que foram lançados há mais de 18 meses) foram ouvidos mais do que os atuais neste ano.

Fatores que contribuem para a queda

Como sugere a plataforma de negócios de áudio Headphonesty, a queda nas vendas de vinil tem mais a ver com fatores econômicos do que com relevância do meio.

O veículo aponta que a inflação, as taxas de juros mais altas e o aumento do custo de vida nos Estados Unidos tornaram menos acessível a compra de vários discos de vinil com preços acima de US$ 40 (cerca de R$ 223 na cotação atual e em transação direta). Box sets e reedições, também muito populares no formato, têm preços entre US$ 50 (R$ 279) e US$ 200 (R$ 1.118).

Pela mesma razão, vários festivais de música no país têm apresentado dificuldades para vender ingressos, sobretudo nos últimos meses.

Os preços dos discos de vinil também sofreram aumento devido ao repasse no custo da produção — que nunca foi barato, mas ficou ainda mais oneroso em função do aumento da demanda na pandemia.

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A situação do mercado em anos recentes tem se mostrado imprevisível, embora aponte algumas tendências. Ano passado foi reportado que os LPs venderam mais que os CDs pela primeira vez desde 1987. Outra curiosidade é que, de acordo com estudo, 50% dos compradores de discos de vinil não têm toca-discos.

Mas o compact disc se recusa a jogar a toalha. No Brasil, o formato ainda vende mais – embora os dois sejam engolidos pelo streaming. No Reino Unido, o CD apresentou um crescimento na comercialização em 2023.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. A culpa é exatamente da indústria pois se fizesse como no passado popularizando os álbuns,venderiam miti mais,e quem quer colecionar se assustam com valores atribuídos ao tocas discos que beira a estrastrosfera…
    Eu mesmos parei de colecionar Aida nós anos 90.

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