Após uma série de pistas, o The Cure anunciou para 1º de novembro seu primeiro álbum de inéditas em 16 anos. “Songs of a Lost World” chega a público via Universal Music. A tracklist ainda não foi revelada.
O primeiro single, “Alone”, está disponível nas plataformas digitais. A canção já vem sendo executada ao vivo há dois anos.
A ideia de tocar composições ainda não lançadas no palco foi uma constante em turnês recentes. O grupo ainda incluiu em seu repertório “A Fragile Thing”, “Endsong”, “I Can Never Say Goodbye”, “And Nothing Is Forever” e “Another Happy Birthday”.
Sobre “Alone”, o vocalista e guitarrista Robert Smith destaca:
“Assim que gravamos, soube que aquela era a música de abertura e senti o álbum inteiro entrar em foco. Eu vinha lutando para encontrar a frase de abertura certa para a música de abertura certa há algum tempo, trabalhando com a simples ideia de ‘estar sozinho’, sempre com a sensação incômoda de que eu já sabia qual deveria ser a frase de abertura… Assim que terminamos de gravar, lembrei-me do poema ‘Dregs’, do poeta inglês Ernest Dowson (1867-1900)… e foi nesse momento que eu soube que a música — e o álbum — eram reais.”
Ouça abaixo.
Nas últimas semanas, Smith e seus companheiros enviaram cartões postais para os fãs com aparentes pistas sobre o próximo projeto. Nas cartas em papel preto, havia o título “Songs of a Lost World” e, em números romanos, a data 1º de novembro de 2024.
O disco foi gravado no Rockfield Studios (País de Gales), composto e arranjado por Robert Smith e produzido e mixado por Smith e Paul Corkett. Além do frontman (que assume vocais, guitarra, baixo de 6 cordas e teclados no trabalho), a banda conta hoje com Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (bateria), Roger O’Donnell (teclados) e Reeves Gabrels (guitarra).
Smith criou o conceito da capa e Andy Vella, antigo colaborador do grupo, cuidou da arte e do design do álbum. A arte apresenta “Bagatelle”, uma escultura de 1975 de Janez Pirnat.
Sobre o álbum “Songs of a Lost World”
Em março de 2022, ao NME, Robert Smith também havia revelado que o disco chamaria “Songs of a Lost World”. Por fim, acrescentou à época:
“O disco já tem uma arte, uma ordem e está quase pronto. O processo está meio lento por causa do vinil, mas pode sair já em setembro, provavelmente. Gostaria que saísse logo. Não aguento a expectativa.”
Anteriormente, em junho de 2021, o próprio vocalista descreveu ao The Times o novo material do The Cure como “muito sentimental, pois são dez anos de vida destilados em algumas horas de coisas intensas”. Ainda contou em entrevista a Zane Lowe que ele e os colegas trabalhavam em dois álbuns diferentes. Sem muitos detalhes, o cantor apenas afirmou de acordo com transcrição da Louder:
“Estávamos fazendo dois álbuns e um deles é muito, muito triste e sombrio e o outro não. E ambos estão muito perto de serem finalizados. Só preciso decidir quem vai mixá-los. Isso é realmente tudo o que me resta fazer.”
Próximos lançamentos do The Cure
De qualquer maneira, o The Cure confirmou o lançamento de “Novembre: Live in France 2022” para o próximo dia 1º de outubro. O trabalho contará com as músicas inéditas “And Nothing is Forever” e “I Can Never Say Goodbye”, registradas durante a turnê francesa realizada no mês e ano presentes no título.
É o primeiro material autoral novo da banda desde o álbum “4:13 Dream”, disponibilizado em 2008. A edição física será limitada a 5 mil cópias em vinil ecofriendly, com as 100 primeiras autografadas pessoalmente pelo vocalista e guitarrista Robert Smith, líder do grupo.
O projeto também possui caráter beneficente. Todos os lucros irão para a instituição de caridade focada em mudanças climáticas de Brian Eno, Earth Percent. O single será produzido pelo Naked Record Club, que possui uma máquina de prensagem especial que usa cerca de 80 a 90% menos eletricidade em comparação aos processos tradicionais.
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