Por que Bret Michaels não quer excursionar com o Poison em 2025, segundo guitarrista de sua banda

Pete Evick explicou os motivos em uma postagem respondendo a comentários em post do baterista Rikki Rockett

Na última terça-feira (10) o baterista Rikki Rockett publicou um post em seu Facebook respondendo aos fãs sobre o motivo de o Poison não excursionar em 2025. A banda realizou seu último show até o momento em 9 de setembro de 2022, no encerramento da The Stadium Tour, encabeçada por Def Leppard e Mötley Crüe.

Desde então, algumas entrevistas davam conta de que o retorno poderia ocorrer ano que vem. Chegou a se especular até mesmo a possibilidade do lançamento de um single, que promoveria a retomada de atividades.

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Em uma declaração rápida e direta, o instrumentista disse:

“Perguntam-me várias vezes ao dia: ‘Por que o Poison não sairá em turnê em 2025?’ Resposta supersimples: Bret não quer.”

A repercussão contou com comentários agressivos de uma parte dos seguidores. Isso fez com que o músico retornasse online e escrevesse:

“Pessoal, eu nunca disse que Bret está cancelando a turnê de 2025. Ela não foi marcada. Eu disse que o motivo do Poison não estar em turnê em 2025 é porque Bret não quer. Não importa qual seja o motivo para ele, no que diz respeito ao que eu disse. Estou simplesmente dizendo o porquê para que CC [DeVille, guitarrista], Bobby [Dall, baixista] ou eu não sejamos culpados. Não é sujeira. Não é uma briga. Apenas os fatos. Suponha o que você quer disso. Você vai de qualquer maneira!”

A versão de Pete Ewick, músico da banda solo de Bret Michaels

Guitarrista e diretor de show da banda solo de Bret Michaels, Pete Ewick se manifestou com um longo texto na mesma rede social. Ele começou explicando:

“Olá, este é um post sobre o post do Rikki Rockett, escrever isso pode me custar meu emprego! Este post vai ser longo, decidi não fazer spam na página do Rikki e começar um monte de m*rda. Não estou chateado com ele, não é sobre isso que este post se trata. O fato é que o post do Rikki é 100% verdade. No entanto, o que vou abordar são algumas das coisas que os fãs estão dizendo que são tão ridículas que eu só tenho que declarar alguns fatos. Acredito que qualquer um que leia isto direcionará as pessoas que eles acham que deveriam ver isto para… este post.

Antes de começar, se por algum motivo você não sabe, sou o diretor musical solo/guitarrista do Bret há 21 anos. Também o considero um dos melhores amigos que já tive. Também quero deixar bem claro que sou um grande fã do Poison, não sou um pistoleiro contratado, não saio procurando o próximo grande show, tive e ainda tenho uma carreira com minha própria banda Evick. Tivemos contratos de gravação, fizemos turnês pelo mundo, tivemos singles de rádio e vídeos muito antes de eu conhecer Bret.

Eu toquei músicas do Poison em shows de talentos, eu os vi ao vivo toda vez que eles vieram para a cidade, começando com a turnê quando eles abriram para o Ratt. Quando surgiu a oportunidade de tocar essas músicas com Bret, decidi que já que ele faria isso, não importa o que acontecesse, então era melhor que alguém faça isso com ele que ame as músicas como as minhas, em vez de algum babaca que provavelmente falou mal da banda e pegar seu dinheiro. Então…”

A seguir, Pete revelou que, na verdade, os planos de Bret com o Poison estariam agendados para 2026.

“Primeiramente, eu me pergunto, em vez de fazer todas essas suposições malucas, alguém talvez queira saber POR QUE Bret não quer fazer turnê com o Poison no ano que vem? Eu subi no palco com ele todas as noites e ele nunca disse ‘2025’. Ele sempre disse ‘2026’, é o 40º aniversário do primeiro disco deles e ele, junto com alguns da equipe de gestão, está planejando ativamente a turnê de 2026 agora.”

Bret Michaels, saúde e dinheiro

A saúde do cantor, que é diabético tipo 1 e já teve uma série de problemas – incluindo um AVC – também devem ser consideradas. Porém, Evick garante que o dinheiro é o menor dos problemas.

“Segundo, ele TEM alguns problemas sérios de saúde que DEVEM ser abordados e cuidados. Na verdade, eu o incentivei a cancelar o resto deste ano para fazer isso! O resto do POR QUE ele não quer é a história dele para contar, mas deixe-me dizer algo sobre o qual vocês estão muito equivocados.

Vejo muitos de vocês falando sobre dinheiro e dizendo algumas coisas insultuosas e estúpidas sobre Bret e os outros caras. A Poisons Publishing é dividida em 4 partes. Todos eles recebem uma parte igual quando se trata do catálogo, meu ponto. Nenhum desses 4 caras tem que fazer isso, o dinheiro que ‘Every Rose Has its Thorn’ ganhou sozinha sustentará até os filhos de seus filhos. Se por algum motivo algum membro daquela banda precisar fazer uma turnê, bem… Eles são os piores administradores de dinheiro do mundo.

Em seguida, o comentário sobre ‘Bret ter que dividir o dinheiro da turnê igualmente com o Poison’ versus ‘ficar com uma parte maior com a banda solo’ não é verdade, e infelizmente, embora todos nós tenhamos fantasias de irmãos em bandas dividindo igualmente, isso não é realidade. Bret ganha uma certa quantia de dinheiro sozinho tanto no Poison quanto na banda solo que é irrelevante para quaisquer garantias ou o que qualquer membro de qualquer banda ganha. Não é uma divisão igual seja no Poison ou na banda solo.”

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Pete garante que também não toca por migalhas, tendo uma vida mais do que confortável com o que faz.

“Além disso, muitas declarações sobre pagar amendoins à banda solo são idiotas, por favor, considere isso. Estou nesta banda há 21 anos, moro no norte da Virgínia, um dos 3 lugares mais caros do país. Nos últimos 20 anos, criei dois filhos e dei a eles tudo o que sempre quiseram, carros novos, Mac Book Pros, todas as versões do iPhone que eles já pediram, férias na praia, viagens pelo país, e assim por diante. Sempre tenho um veículo novo ou quase novo de minha escolha e uma coleção de guitarras que cresce e cresce, assim como um estúdio de áudio e vídeo de última geração em constante evolução.

Eu não poderia ter isso nem se ele me pagasse uma ninharia. Também tenho um plano de pensão, seguro, um certo nível de outras despesas pagas e um grande bônus de fim de ano. Todo ano por 21 anos. Meu ponto, NADA DISSO é sobre dinheiro. ISSO É UM FATO!”

O músico ainda garante que a popularidade do grupo solo é tão grande quanto a do principal de Bret.

“Alguns de vocês fizeram comentários sobre a banda solo tocando em locais de menor porte ou menos prestigiados. A menos que você tenha estado sob uma rocha nos últimos anos, você saberia que a banda solo tem tocado exatamente nos mesmos locais nacionais ao vivo que o Poison toca. Bret criou uma marca e um conceito com o Parti Gras, suas esperanças são de que eventualmente seja uma entidade que continue sem que ele esteja lá, e ele está trabalhando incansavelmente nisso. Novamente, este é um FATO inegável, olhe as fotos no Instagram, casas lotadas repetidamente.”

E também deixa claro que, apesar de tocar as mesmas músicas, as versões são diferentes.

“Muitas pessoas fazem comentários dizendo ‘Eu vi a banda solo, não é a mesma coisa’. CORRETO, se Bret quisesse o mesmo ele teria apenas o Poison. O objetivo da banda solo é entregar algo diferente. Embora toquemos as mesmas músicas, elas são reinventadas e tocadas de forma diferente. Bret ama southern rock e country, nossas versões são muito mais sulistas, com andamentos mais lentos, toneladas de órgãos B3, 5 vocais de fundo adicionais (2 femininos) e 2 guitarras. Não que as músicas do Poison não sejam ótimas como são (elas são perfeitas), mas Bret gosta das duas versões.

Alguém disse que Bret não consegue mais atingir as notas altas. Você está ouvindo o mesmo cara? Primeiro, ele nunca cantou fora de seu alcance, ele nunca foi Geoff Tate e soa tão bem hoje quanto sempre soou.”

Também houve uma menção ao The Special Guests, projeto dos instrumentistas do Poison que fez alguns shows com Brandon Gibbs nos vocais.

“Muitas pessoas disseram ‘Por que a banda não toca sem ele?’ Bret realmente incentiva isso. Se ele o faz, por que os outros não deveriam? E… Ele ama Brandon Gibbs, Brandon me substituiu na banda solo no passado! Houve um comentário de que se os fãs não apoiassem a banda solo, Bret teria que voltar para o Poison. Não é verdade, Bret nunca precisa fazer nada, os filhos dos filhos de Bret NUNCA TERÃO que fazer nada! A quantidade de dinheiro que ele tem é espantosa, ele faz as coisas apenas pelo amor de fazê-las.”

Evick finalizou a explanação dizendo:

“Há muito mais que eu gostaria de dizer em defesa do meu amigo, mas vou deixar assim. Por que Bret não quer fazer uma turnê com o Poison no ano que vem? Por que não perguntar a ele em vez de inventar essas ideias malucas? Imagine se ele lesse essas coisas horríveis. POR QUE ELE QUERERIA SAIR E TOCAR? Com fãs assim, quem precisa de inimigos? Bret ama vocês, ele deu a vida por vocês, sacrifica a própria saúde para trazer diversão e felicidade para vocês com o Poison e tudo o mais que ele faz.”

Poison no século atual

Desde a virada do século o Poison deixou de ser uma banda em tempo integral. Tendo lançado apenas um álbum de músicas inéditas – “Hollyweird” em 2002 –, o quarteto se reúne para turnês esporádicas, normalmente com outros grandes nomes da cena hard rock dos anos 1980.

A situação se complicou de vez na última década, quando o vocalista Bret Michaels se estabeleceu como uma estrela de brilho próprio. O artista participou de uma série de reality shows, que teve como ponto alto a vitória no “The Apprentice”, apresentado por Donald Trump. Atualmente, excursiona em carreira solo tocando basicamente o mesmo material do grupo que o consagrou.

Sobre a banda

Fundado em 1983 na Pensilvânia, o Poison se mudou para Los Angeles nos anos seguintes e se tornou uma das principais atrações da Sunset Strip. O grupo se tornou um dos mais bem-sucedidos do movimento que ficou conhecido popularmente como glam metal ou hair metal, dependendo de quem falar. Foram 7 álbuns de estúdio lançados, com mais de 50 milhões de cópias vendidas em todo o planeta.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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