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O grande erro da carreira de Paul Stanley, segundo Gene Simmons

Companheiro de Kiss não seguiu importante conselho do linguarudo nos anos 1970 e perdeu grande oportunidade

Gene Simmons afirma ter descoberto o Van Halen muito antes da fama. Em diversas ocasiões, o baixista e vocalista do Kiss contou que assistiu a um show da banda em 1976 na antiga casa noturna Starwood, localizada na Califórnia, nos Estados Unidos, e logo percebeu o potencial dos músicos. 

Apesar de ter tentado gerenciá-los e conseguir para eles um contrato sob administração dos mascarados, as coisas não andaram para frente. Tanto o seu time quanto o colega de grupo Paul Stanley não acreditavam no futuro dos “novatos” – que chegaram ao estrelato com o disco homônimo de 1978 e que entraram para a história. 

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Não surpreende então que, para o Demon, a questão tenha sido o grande erro da carreira do Starchild. Em entrevista ao canal Really Famous, o músico explicou que, à época, não conseguiu convencer ninguém do potencial do Van Halen, apesar da própria intuição.

Conforme transcrição do Rock Celebrities, ele relembrou:  

“Paul conhecia coisas que eu não conhecia. E eu conhecia coisas que ele não conhecia. Ele deveria ter seguido meu conselho e contratado o Van Halen. Eu encontrei aquela banda. Eu não consegui convencer Paul, o resto dos caras da banda ou o empresariamento. Eles apenas disseram, ‘do que você está falando?’ e eu disse, ‘em um ou dois anos, essa será a maior banda de todas’. Eddie tocava de uma maneira que eu nunca tinha visto antes. Nós acabamos nos tornando amigos.”

Colaboração com o Van Halen

De qualquer forma, Gene Simmons até gravou uma demo do Van Halen. Durante entrevista para o Howard Stern Show em 2006, o vocalista e baixista detalhou a colaboração com os músicos, realizada em Nova York, no Electric Lady Studios.

“[Depois de conhecê-los], me ofereci para levá-los de avião para Nova York no Electric Lady Studios e produzir uma demo. Fiz isso, foram 15 músicas. Os arranjos e a performance acabaram se tornando o que viria a ser os dois primeiros discos deles. Eu mostrei para nosso empresário Bill Aucoin e disse para fazermos a coisa inteligente, essa seria uma nova banda sob nossa administração e seria a próxima grande banda americana. Ninguém acreditou! Então, rasguei o contrato e falei: ‘Gente, amo vocês, sou um grande fã. Vão nessa’. Em umas duas semanas, eles conseguiram um contrato com a Warner e o resto é história.”

Em 2021, Paul Stanley revelou ao biógrafo de Eddie Van Halen, Paul Brannigan, o que fez com que ele e Bill Aucoin não se interessassem pelas canções: o próprio futuro do Kiss. Curiosamente, nem Gene sabia disso, pois a falta de empolgação foi, ao que tudo indica, “armada” por Stanley e Aucoin.

“Nós não queríamos pegar o Van Halen porque estávamos tentando colocar Gene em xeque. Gene às vezes está mais preocupado – e isso é apenas parte de sua personalidade – consigo próprio, e não seria benéfico para nós que ele saísse e se envolvesse com outra coisa.

O Van Halen era irrecusável? Absolutamente. Eles eram fabulosos? Sim. Eles tinham o que precisava? Absolutamente. Mas nós tínhamos que tomar conta do Kiss, e a forma de proteger o Kiss naquela época era puxar as rédeas de Gene. Simples assim.”

Gene Simmons atualmente

Após o Kiss encerrar a turnê de despedida “End of The Road” em dezembro do ano passado, Gene Simmons voltou aos palcos com a Gene Simmons Band. Em seu grupo, ele é acompanhado pelos guitarristas Brent Woods (Wildside, Sebastian Bach, Vince Neil) e Jason Walker, além do baterista Brian Tichy (The Dead Daisies, Billy Idol, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Foreigner, Pride & Glory, Glenn Hughes, Velvet Revolver e outros).

Juntos, realizaram uma pequena apresentação de “estreia” na inauguração de mais uma loja do Rock & Brews, em Ridgefield, Washington, Estados Unidos, no fim de abril. Pouco depois, seguiram para a capital paulista, onde tocaram no primeiro dia do festival Summer Breeze Brasil, hoje chamado Bangers Open Air. Já entre julho e agosto, excursionaram pela Europa.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

1 COMENTÁRIO

  1. ”Foco no Kiss”. Só pode ser esse o ”motivo”. Não sou fã nem hater do Kiss, eles tem umas boas canções. Gene Simmons entende muito de rock, afinal é sua vida. Não creio que o Paul Stanley seria cego o suficiente, para não se chocar com a guitarra de Eddie Van Halen.

    Imagina ser muito jovem, e estando dentro do fim da década 70s e começo dos 80s? Não havia nenhuma banda mais impactante do que Van Halen. Ouvir aquela guitarrada nas primeiras vezes, era quase como uma nave, com uma luz muito forte passando na sua frente, era um choque na mente.

    Devia ser mais ou menos o que, muitos sentiram quando escutaram Jimi Hendrix na década 60. Eddie trouxe ”novas ideias” na guitarra. E influenciou muita gente que veio depois. Por exemplo, nos que vieram depois, ao escutar os primeiros discos solo do Ozzy, em 1980 e 81, com Randy Rhoads, tem algo do Eddie ali. Infelizmente, ambos os guitarristas não estão mais neste mundo, mas seguem vivos através de sua obra musical.

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