Ace Frehley diz que ajudou Paul Stanley a criar maquiagem no Kiss

Guitarrista original da banda cita pintura com círculo em vez de estrela ao redor do olho; não há registro desta versão

As icônicas maquiagens do Kiss têm origem nos primórdios da formação original, ainda nos tempos de pequenos shows nos entornos de Nova York. A história oficial diz que cada músico criou seu próprio personagem, mas Ace Frehley diz agora que não foi bem assim.

Em entrevista ao Guitar Tales Podcast (via Ultimate Guitar), o guitarrista alega não só ter criado sua própria pintura de “Spaceman”. Ele também afirma ter auxiliado Paul Stanley a desenvolver sua arte de “Starchild”.

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Sabe-se que, no início, o vocalista e guitarrista chegou a ter outro personagem que chamava de “Bandit”. A ideia não pegou e logo surgiu a ideia da estrela no olho direito. Todavia, Frehley acrescenta outro desenho que teria surgido.

Segundo Frehley, aconteceu assim:

“Poucas pessoas sabem disso e ele provavelmente vai negar, mas quando estávamos tocando no Daisy, em Long Island, era uma casa noturna onde nós desenvolvemos nossa maquiagem. Ele tinha o rosto branco com o batom vermelho e ele costumava ter um círculo ao redor dos olhos, como o cachorro de ‘Os Batutinhas’. Eu tinha desenvolvido minhas estrelas prateadas. A maquiagem de Gene (Simmons, vocalista e baixista) estava saindo ótima. Peter (Criss, baterista) precisou de um pouco de ajuda. Eu disse para Paul uma noite: ‘em vez do círculo, por que não coloca uma estrela?’.”

A sugestão foi considerada por Stanley. Porém, Frehley diz que o colega nunca lhe creditou pela dica.

“Ele tentou e gostou, mas nunca me deu o crédito. Eu nunca o ouvi mencionar essa história em uma entrevista. E ele provavelmente negaria se alguém levasse isso a ele hoje. Ele tem um ego do tamanho de Manhattan.”

Não há registro do “círculo” ao qual Ace se refere. A maquiagem alternativa “Bandit”, mencionada anteriormente e com imagem abaixo, se parecia com uma espécie de “máscara do Zorro”. Ao clicar aqui, é possível conferir uma linha do tempo das pinturas faciais de Paul.

O que importa é ser feliz

Ainda durante ae ntrevista, Ace Frehley disparou mais críticas contra os antigos patrões e colegas de banda. O guitarrista insinuou que Simmons e Stanley não vivem vidas felizes – ao contrário dele próprio, é claro. Também acusou os chefões do Kiss de ataques contra ele e outros músicos que se envolveram com a banda ao longo dos anos.

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Frehley disse:

“Aqueles caras não parecem realmente felizes para mim. Vá na internet e veja quantas fotos você consegue encontrar de Paul Stanley gargalhando. Não há muitas, mas tem dúzias de mim. Tento fazer as coisas que me deixam feliz. Meu pai sempre me dizia: ‘olha, se você não tem algo bom para falar de alguém, não fale nada’. Enquanto Paul e Gene estão constantemente… não apenas batendo em mim e Peter, mas mesmo outros caras em outras bandas. E isso é desnecessário.”

Kiss e Ace Frehley atualmente

Enquanto o Kiss se aposentou oficialmente em 2023, Ace Frehley segue na ativa. Seu álbum solo mais recente é “10,000 Volts”, divulgado em turnê. O guitarrista prepara também “Origins Vol. 3”, seu terceiro disco de covers, para 2025.

No dia 2 de dezembro, em seu último show, o Kiss anunciou que a história da marca será prosseguida através de avatares. As representações virtuais de Paul Stanley (voz e guitarra), Gene Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) assumirão a linha de frente em espetáculos que ainda serão devidamente explicados.

A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.

A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2024. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.

A obra é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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