Após quinze anos de atividades, o Selvagens à Procura de Lei pausará as atividades por tempo indeterminado. Ou não. O vocalista e guitarrista Gabriel Aragão diz que haverá o hiato, enquanto os demais integrantes negam a informação.
Ao site do jornal O Povo, o cantor, descrito pela reportagem como o “dono da marca”, afirmou sem muitos detalhes que o grupo passará por mudanças na formação. Por esse motivo, segundo o próprio, o hiato será necessário.
Ele disse:
“A banda não vai parar por aqui, pelo contrário, a banda continua e a gente vai passar por uma reestruturação e uma nova formação. Vão ter novidades, a gente vai seguir em frente, mas terá, de fato, essa pausa para poder entrar em uma nova fase.”
Também para o veículo, o guitarrista Rafael Martins havia inicialmente não só confirmado a pausa, como destacado que ele e os colegas estão resolvendo questões internas no momento. O músico afirmou:
“O Selvagens tem 15 anos de história e nós somos como qualquer outra banda e temos nossos conflitos que existem desde o começo, de relacionamento, que é uma coisa normal. Vivemos um período, de uns meses pra cá, de conflitos internos, de crise no âmbito empresarial da coisa. Porque nós somos uma empresa, temos um negócio, o SAPDL, há mais de 12 anos. No momento, estamos procurando resolver as questões internas, existe vontade de continuar e existe vontade de não continuar. A questão é que a pausa agora foi dada pelas circunstâncias do não entendimento em todos os integrantes.”
Diante do contexto, o perfil de Instagram do Selvagens à Procura de Lei ainda acabou desativado nesta semana. Porém, as coisas tomaram um novo rumo quando, logo após a divulgação da notícia, o baixista Caio Evangelista, o baterista Nicholas Magalhães e até o próprio Rafael Martins vieram a público negar toda a situação.
Uma nota assinada pelos três músicos alega que apenas Gabriel queria interromper os compromissos da banda. De acordo com o relato, não houve qualquer acordo a respeito. Assim, eles prometem seguir em frente e fazer shows em breve e pedem para que outros pronunciamentos sejam desconsiderados.
Diz o texto:
“Essa nota é em respeito a todos os fãs e parceiros dos Selvagens à Procura de Lei. Temos muito orgulho da trajetória dos Selvagens à Procura de Lei, uma história escrita com dedicação mútua dos 4 integrantes recheada de bons momentos e outros nem tanto. Ao longo dos últimos 15 anos, vivenciamos muitas vitórias e desafios sempre encarados como um time, onde todos investiram tempo, dinheiro, criatividade e energia. Há algumas semanas, fomos surpreendidos com uma mensagem de texto do Gabriel dizendo que a banda faria uma pausa por única decisão dele, o que não representa a nossa vontade. Nunca tivemos a intenção de parar ou nos afastar dos Selvagens à Procura de Lei. As redes sociais dos Selvagens à Procura de Lei foram sequestradas e derrubadas. Quaisquer notas divulgadas nelas não representam nossos interesses ou posicionamento. Nós somos os Selvagens à Procura de Lei. Seguiremos em frente na defesa de nossos direitos e em breve estaremos em cima do palco mandando o nosso som. Gratos, Caio, Rafael e Nicholas.”
Em contrapartida, Aragão postou apenas um breve comunicado nos Stories em resposta. Relatou tristeza com o ocorrido e comprometeu-se a contar a sua versão dos fatos ainda nesta sexta-feira (12). Ele disse:
“Fala, gente, tudo bem? Por aqui meu coração está triste com tudo que aconteceu hoje. Sinto muito que tenha sido assim. Tentei muito manter a nossa parceria, mas as coisas infelizmente chegaram a esse ponto. Meu compromisso é com os fãs da banda. A vocês eu devo tudo. Mas como toda história tem outro lado, amanhã conto para vocês a minha versão dos fatos. Sem ódio, hater, nada impulsivo. No mais, sintam meu abraço fraterno.”
Sobre o Selvagens à Procura de Lei
O Selvagens à Procura de Lei destacou-se como uma das maiores revelações do rock brasileiro nos anos 2010. Formada em 2009, em Fortaleza, no Ceará, a banda apelidada de SAPDL disponibilizou quatro álbuns de estúdio: “Aprendendo a mentir” (2010), “Selvagens à Procura de Lei” (2013), “Praieiro” (2015) e “Paraíso Portátil” (2019).
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