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As 5 músicas do Dream Theater mais difíceis de tocar, segundo John Myung

Em meio a obras épicas de 20 minutos de duração, baixista destacou dificuldade de memorizar as diversas variações rítmicas presentes nas faixas

Referência absoluta do metal progressivo, o Dream Theater conta com quase quatro décadas de carreira marcadas pela complexidade técnica. Com uma extensa discografia que se encaminha para seu 16º trabalho de estúdio, a banda explora variações rítmicas e extensos solos que compõem uma assinatura sonora única. 

No entanto, o catálogo elaborado apresenta desafios até mesmo para os instrumentistas afiados que integram o grupo. É o que indica John Myung.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Em entrevista de 2021 à Revolver, o baixista listou as cinco músicas do Dream Theater mais difíceis de serem tocadas ao vivo e explicou os desafios de cada uma. Veja a seguir.

As músicas do Dream Theater mais difíceis de tocar, segundo John Myung

“The Dance of Eternity” 

Faixa instrumental do álbum “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory” (1999), “The Dance of Eternity” é considerada uma das músicas mais complexas do metal progressivo por contar com mais de cem mudanças de tempo. John Myung comenta:

“‘The Dance of Eternity’ é uma música instrumental desafiadora, repleta de uníssonos de guitarra, teclado e baixo ao longo de toda a faixa, com uma energia elevada e intensa. A construção que leva ao solo de baixo no meio da música sempre foi um desafio para eu tocar.”

“Breaking All Illusions” 

Presente em “A Dramatic Turn of Events” (2011) — 11º álbum de estúdio do grupo —, “Breaking All Illusions” marcou a primeira composição de John Myung desde “Fatal Tragedy”, lançada 12 anos antes. O baixista diz:

“É uma obra épica de 12 minutos que começa com uma linha uníssona de guitarra e teclado, seguida por baixo e bateria que se juntam em um groove sincopado. O desafio aqui é memorizar todas as diferentes seções da música. Muitas vezes, lembro das partes com base em como as descrevemos enquanto escrevíamos a música.”

“The Glass Prison”

Faixa de abertura de “Six Degrees of Inner Turbulence” (2002), “The Glass Prison” conta com 13 minutos de duração e inaugura a saga Twelve-step Suite — composta por outras quatro músicas presentes em álbuns subsequentes —, que aborda a reabilitação de Mike Portnoy do alcoolismo. Nesse sentido, “The Glass Prison” é dividida em três partes (reflexão, restauração e revelação) que representam os passos iniciais do Alcoólicos Anônimos. John comenta:

“A introdução começa com um harmônico de baixo seguido por uma linha de baixo com acordes e o desafio aqui é estar preparado, relaxado e aquecido para tocar esta música — caso contrário, não soará correta.”

“As I Am” 

“As I Am”, presente em “Train of Thought” (2003), conta com sete minutos de duração e surgiu a partir de uma turnê conjunta do Dream Theater com o Queensrÿche em que o guitarrista Mike Stone tentou dar dicas para John Petrucci. Assim surgiu a primeira frase da composição: “Don’t tell me what’s in, tell me how to write” (“Não me diga o que está em alta, me diga como escrever”). Myung afirma:

“A música começa com um riff de distorção harmônica de baixo — para mim, sempre foi um desafio tocá-la ao vivo, já que depende do funcionamento correto do meu equipamento. É um bom exemplo de como os efeitos sonoros usados no baixo são tão importantes quanto a parte tocada para que a música soe da maneira correta.”

“A View From the Top of the World” 

Por fim, John Myung citou “A View From the Top of the World”, faixa que encerra o álbum de mesmo nome lançado em 2021. Composta por John Petrucci, a música conta com três partes — “The Crowning Glory”, “Rapture of the Deep” e “The Driving Force” —, acompanhadas por diferentes abordagens sonoras. O baixista conclui:

“O que torna esta música desafiadora para mim é que é uma épica de 20 minutos, então a memorização é a primeira parte do desafio. E depois, há certas seções nas quais eu preciso me concentrar. Por exemplo, há uma seção clássica no estilo Mozart que ocorre na segunda metade da música. É o tipo de parte que definitivamente exige um pouco de prática, e quando retirada do contexto, se transforma em um pequeno exercício bacana por si só.”

Dream Theater atualmente

Com o anúncio da volta de Mike Portnoy no fim de 2023, o Dream Theater passou a primeira metade de 2024 se dedicando à gravação de seu 16º álbum de estúdio. Ainda sem previsão de lançamento do novo material, a banda cai na estrada em outubro para a turnê comemorativa de 40 anos de carreira.

A “40th Anniversary Tour 2024-2025” será iniciada na Europa e passa pelo Brasil em dezembro com quatro apresentações. Rio de Janeiro (13/12 – Vivo Rio), São Paulo (15/12 – Vibra), Curitiba (16/12 – Live) e Porto Alegre (17/12 – Auditório Araújo Vianna) estão na agenda.

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Tairine Martins
Tairine Martinshttps://www.youtube.com/channel/UC3Rav8j4-jfEoXejtX2DMYw
Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

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Referência absoluta do metal progressivo, o Dream Theater conta com quase quatro décadas de carreira marcadas pela complexidade técnica. Com uma extensa discografia que se encaminha para seu 16º trabalho de estúdio, a banda explora variações rítmicas e extensos solos que compõem uma assinatura sonora única. 

No entanto, o catálogo elaborado apresenta desafios até mesmo para os instrumentistas afiados que integram o grupo. É o que indica John Myung.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Em entrevista de 2021 à Revolver, o baixista listou as cinco músicas do Dream Theater mais difíceis de serem tocadas ao vivo e explicou os desafios de cada uma. Veja a seguir.

As músicas do Dream Theater mais difíceis de tocar, segundo John Myung

“The Dance of Eternity” 

Faixa instrumental do álbum “Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory” (1999), “The Dance of Eternity” é considerada uma das músicas mais complexas do metal progressivo por contar com mais de cem mudanças de tempo. John Myung comenta:

“‘The Dance of Eternity’ é uma música instrumental desafiadora, repleta de uníssonos de guitarra, teclado e baixo ao longo de toda a faixa, com uma energia elevada e intensa. A construção que leva ao solo de baixo no meio da música sempre foi um desafio para eu tocar.”

“Breaking All Illusions” 

Presente em “A Dramatic Turn of Events” (2011) — 11º álbum de estúdio do grupo —, “Breaking All Illusions” marcou a primeira composição de John Myung desde “Fatal Tragedy”, lançada 12 anos antes. O baixista diz:

“É uma obra épica de 12 minutos que começa com uma linha uníssona de guitarra e teclado, seguida por baixo e bateria que se juntam em um groove sincopado. O desafio aqui é memorizar todas as diferentes seções da música. Muitas vezes, lembro das partes com base em como as descrevemos enquanto escrevíamos a música.”

“The Glass Prison”

Faixa de abertura de “Six Degrees of Inner Turbulence” (2002), “The Glass Prison” conta com 13 minutos de duração e inaugura a saga Twelve-step Suite — composta por outras quatro músicas presentes em álbuns subsequentes —, que aborda a reabilitação de Mike Portnoy do alcoolismo. Nesse sentido, “The Glass Prison” é dividida em três partes (reflexão, restauração e revelação) que representam os passos iniciais do Alcoólicos Anônimos. John comenta:

“A introdução começa com um harmônico de baixo seguido por uma linha de baixo com acordes e o desafio aqui é estar preparado, relaxado e aquecido para tocar esta música — caso contrário, não soará correta.”

“As I Am” 

“As I Am”, presente em “Train of Thought” (2003), conta com sete minutos de duração e surgiu a partir de uma turnê conjunta do Dream Theater com o Queensrÿche em que o guitarrista Mike Stone tentou dar dicas para John Petrucci. Assim surgiu a primeira frase da composição: “Don’t tell me what’s in, tell me how to write” (“Não me diga o que está em alta, me diga como escrever”). Myung afirma:

“A música começa com um riff de distorção harmônica de baixo — para mim, sempre foi um desafio tocá-la ao vivo, já que depende do funcionamento correto do meu equipamento. É um bom exemplo de como os efeitos sonoros usados no baixo são tão importantes quanto a parte tocada para que a música soe da maneira correta.”

“A View From the Top of the World” 

Por fim, John Myung citou “A View From the Top of the World”, faixa que encerra o álbum de mesmo nome lançado em 2021. Composta por John Petrucci, a música conta com três partes — “The Crowning Glory”, “Rapture of the Deep” e “The Driving Force” —, acompanhadas por diferentes abordagens sonoras. O baixista conclui:

“O que torna esta música desafiadora para mim é que é uma épica de 20 minutos, então a memorização é a primeira parte do desafio. E depois, há certas seções nas quais eu preciso me concentrar. Por exemplo, há uma seção clássica no estilo Mozart que ocorre na segunda metade da música. É o tipo de parte que definitivamente exige um pouco de prática, e quando retirada do contexto, se transforma em um pequeno exercício bacana por si só.”

Dream Theater atualmente

Com o anúncio da volta de Mike Portnoy no fim de 2023, o Dream Theater passou a primeira metade de 2024 se dedicando à gravação de seu 16º álbum de estúdio. Ainda sem previsão de lançamento do novo material, a banda cai na estrada em outubro para a turnê comemorativa de 40 anos de carreira.

A “40th Anniversary Tour 2024-2025” será iniciada na Europa e passa pelo Brasil em dezembro com quatro apresentações. Rio de Janeiro (13/12 – Vivo Rio), São Paulo (15/12 – Vibra), Curitiba (16/12 – Live) e Porto Alegre (17/12 – Auditório Araújo Vianna) estão na agenda.

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