Tony Iommi conta por que não acabou com o Black Sabbath nos anos 80

Mesmo com inúmeras mudanças de formação e problemas financeiros e empresariais, guitarrista não desistiu da banda

Após a saída de Ozzy Osbourne em 1979, o Black Sabbath passou por muitas transformações. Ao longo da década de 1980, a formação do grupo mudou inúmeras vezes. Só nos vocais, nomes como Ronnie James Dio, Ian Gillan, Glenn Hughes e Tony Martin ocuparam a função. 

Diante da recepção ruim do disco The Eternal Idol (1987), o grupo ainda perdeu o contrato com a gravadora Vertigo — com quem haviam assinado logo no início. Também acumulavam problemas financeiros e empresariais.

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Mesmo assim, Tony Iommi, que permaneceu como único membro original do grupo por um longo período, não pensava em acabar com tudo. Por quê?

Conversando com a Classic Rock, o guitarrista afirmou que desde o primeiro dia lidou com condições adversas. Por isso, nenhuma “pedra no caminho” era capaz de fazê-lo parar com o Sabbath.

Ele declarou: 

“Desde que estou neste negócio, tem sido assim. Passei por problemas praticamente desde o primeiro dia. Você só precisa acreditar em si mesmo e tentar ver além dessas situações. Se eu não tivesse feito isso, teria parado há muito tempo.” 

Quando perguntado se ao menos chegou perto de desistir, o guitarrista negou. Segundo o próprio, a ideia de continuar até nos piores momentos é um dos maiores traços de sua personalidade:

“Como eu disse, sempre precisei enfrentar situações horríveis, a vida é assim. É o pensamento de manter as coisas acontecendo e chegar ao próximo nível que te impulsiona. Você desiste ou luta contra isso e eu não desistiria. Isso faz parte do meu caráter, de uma forma ou de outra eu sempre quero continuar.”

Black Sabbath segue em frente

Anteriormente, em participação no podcast Loudwire Nights, Tony Iommi destacou que também não fazia sentido usar outro nome em vez de Black Sabbath. Isso porque queria seguir em frente, independente das mudanças:

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“Isso sempre foi minha vida. Desde que começamos, eu apenas acredito no que fizemos e como fizemos. Apenas continuei com essa mesma crença. Eu não saí da banda, então segui em frente. Não posso deixar as coisas acontecerem dessa forma (mudar o nome). Tento fazer o melhor para ver além… e valeu a pena.”

A única alteração de nome

Além de sua carreira solo – cujos álbuns saem assinados como Iommi –, o guitarrista só fez uma alteração do tipo em uma ocasião. Enquanto o Black Sabbath com Osbourne e o baterista Bill Ward estava em hiato em 2006, Tony e o baixista Geezer Butler se reuniram com o vocalista Ronnie James Dio e Vinny Appice.

A iniciativa deu origem ao Heaven & Hell, batizado em homenagem ao primeiro álbum do Sabbath gravado por essa formação, em 1980.

Na época, tanto Iommi quanto Dio deixavam claro que os fãs poderiam continuar chamando o grupo de Black Sabbath se quisessem. A diferença era que o Heaven & Hell só tocava músicas da “era Dio”, incluindo material gravado naquele momento.

O grupo durou até 2010, quando Ronnie morreu. No ano seguinte, o Black Sabbath foi retomado de vez com sua formação e nome originais – embora Ward tenha saído pouco tempo depois.

A carreira solo de Tony Iommi

Fora de sua banda principal, Tony Iommi lançou três discos até o momento. “Iommi”, o primeiro, saiu em 2000. O trabalho contava com instrumentistas e vocalistas diferentes em cada faixa. Todos os cantores colaboraram com o guitarrista nas composições que interpretaram.

Posteriormente, dois álbuns com Glenn Hughes (ex-Deep Purple, que gravou “Seventh Star” com o Black Sabbath no ano de 1986) foram disponibilizados: “The 1996 DEP Sessions” – lançado em 2004, mas registrado em 1996, como indica o título – e “Fused”, de 2005.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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