Os guitarristas mais difíceis de se reproduzir no Megadeth, segundo Teemu Mäntysaari

Atual titular da função garante ter estudado seus antecessores em busca de reproduzir suas sonoridades

Quando um músico entra em uma banda histórica e cheia de mudanças de formação, é natural ter que se desdobrar para estudar o que os antecessores fizeram. O guitarrista finlandês Teemu Mäntysaari tinha noção disso quando começou a ser treinado por Kiko Loureiro para substitui-lo no Megadeth.

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Em entrevista ao webzine Chaoszine, de sua terra natal, o músico explicou como lidou com a situação. Também detalhou brevemente um panorama de todos os nomes nos quais precisou se aprofundar para exercer o ofício de forma satisfatória.

Ele disse, conforme transcrição do Blabbermouth:

“Há, é claro, desafios nas partes de cada guitarrista, diferentes tipos de desafios. Mas o lado bom é que sou fã da banda e já conhecia os músicos anteriores e suas características, de alguma forma. Estudei bastante o estilo de Marty Friedman e até mesmo o de Kiko antes de entrar. Devo dizer que não analisei muito Chris Poland, mas sabia que tipo de estilo ele toca. Fiquei realmente surpreso ao descobrir que ele tem algumas dessas coisas mais blues e fusion, que também aprendi antes. Então tem sido realmente interessante e agradável ter não apenas um estilo que você precisa lidar e tocar bem, mas meio que de todos esses guitarristas diferentes — o ritmo de Dave Mustaine, é claro, e então todos os guitarristas solo, os guitarristas principais que estiveram na banda.”

De qualquer modo, o instrumentista deixa claro que não pretende ser uma mera imitação dos antecessores, acrescentado nuances pessoais.

“Tento respeitar todos, não necessariamente imitar 100 por cento cada um deles… Eu quero respeitar as músicas. Do ponto de vista de um fã, se eu vou ver uma banda que gosto, quero ouvir os solos como eles estão no disco, porque é assim que os conheço. Claro, depende do estilo de música, mas nesse em específico, eu acho que é isso que se encaixa e é o que tento fazer. Tento tocá-los o mais original que puder com minhas próprias pequenas contribuições.”

O guitarrista mais difícil de reproduzir no Megadeth

Questionado sobre qual ex-membro seria o mais difícil de reproduzir as partes, Teemu respondeu:

“Eu diria provavelmente Jeff Young e Chris Poland. O segundo tem um estilo bem particular, com sua entonação especial, vibrato muito próprio e o uso do whammy-bar. Então, isso provavelmente está mais fora da minha zona de conforto, mas também tem sido muito bom poder aprender algumas dessas coisas.”

Chris Poland gravou os dois primeiros álbuns do Megadeth, “Killing Is My Business… and Business Is Good!” (1985) e “Peace Sells… But Who’s Buying?”. Posteriormente, colaborou com as demos de “Rust in Peace” (1990) e registrou solos em “The System Has Failed” (2004) como músico contratado.

Jeff Young participou do terceiro disco, “So Far, So Good… So What!” (1988). Nos últimos anos, se reuniu ao baixista David Ellefson no projeto Kings of Thrash, dedicado aos primórdios do grupo – e que também conta com participações esporádicas de Poland em shows.

A efetivação de Teemu Mäntysaari

Conhecido por seu trabalho com o Wintersun, Teemu Mäntysaari chegou ao Megadeth em setembro de 2023, inicialmente assumindo o lugar de Kiko Loureiro apenas para alguns shows. O brasileiro confirmou seu desligamento oficial do grupo em novembro, permitindo assim que o substituto fosse efetivado na banda.

Agora, o guitarrista vem se preparando para contribuir com o próximo álbum de estúdio do grupo. O sucessor de “The Sick, the Dying… and the Dead!” (2022) está nos primeiros passos do processo de composição, enquanto o quarteto excursiona pela Europa e América do Norte.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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