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Jairo Guedz explica por que não participou de regravações do Cavalera

Guitarrista tocou nos primeiros trabalhos do Sepultura, mas não colaborou nos relançamentos dos irmãos Max e Iggor

Desde o ano passado, Max Cavalera e Iggor Cavalera vêm lançando regravações de trabalhos antigos do Sepultura. Por meio do projeto Cavalera, os irmãos disponibilizaram releituras do EP “Bestial Devastation” (1985) e do álbum “Morbid Visions” (1986), além de, mais recentemente, uma versão de Schizophrenia (1987).

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Apesar de ter participado das gravações originais dos materiais (com exceção do “Schizophrenia”, no qual acabou substituído por Andreas Kisser em meio às composições), Jairo Guedz não colaborou nas novas edições. Durante entrevista ao canal Metal Remains, conforme transcrição da Blabbermouth, o guitarrista ex-Sepultura explicou o motivo.

Segundo o músico, dois fatores impediram que trabalhasse com os antigos colegas: sua banda atual, The Troops of Doom, e dinheiro. 

Ele explicou:

“[Não participei] por causa da minha banda, The Troops of Doom, talvez eles não quisessem misturar as coisas e fazer algo comigo na época. Eu não sei. E também tem os negócios. O mercado queria isso, as pessoas querem ver isso, mas talvez não fosse bom para os negócios. Porque era preciso desembolsar um dinheiro: teriam que pagar para eu ir a um estúdio ou talvez viajar para Phoenix [no Arizona, Estados Unidos] e gravar com os caras, então poderia ser caro. Talvez eles queiram fazer algo com um orçamento mais baixo e ver o que acontece.”

De qualquer maneira, não há ressentimentos. O próprio fez questão de elogiar o último lançamento:

“Acho que deu muito certo porque agora acabaram de lançar uma regravação de ‘Schizophrenia’ e acho que é essa é melhor do que as outras para mim. É mais audível, eu acho.”

Jairo Guedz e o fim do Sepultura

No mesmo bate-papo, Jairo Guedz opinou sobre o fim do Sepultura. O guitarrista disse ter ficado “muito triste” com o fim da banda, mas, ao mesmo tempo, compreendeu a decisão.

Ele declarou: 

“Bem, fiquei muito triste com a despedida do Sepultura. Como fã, acho que eles ainda têm muita coisa para fazer e para entregar ao público. Mas eu entendo o Andreas [Kisser] e acho que isso é mais uma decisão do próprio Andreas, porque ele está meio cansado de tudo. Perdeu a esposa, a mãe e trabalha muito. Então eu entendo. Ele quer passar mais tempo com os filhos e com a nova namorada e não estar na estrada o tempo todo. Acho que vamos perder uma das maiores bandas do mundo. Sou um grande fã dos dois últimos álbuns, por exemplo. ‘Quadra’, para mim, é incrível.”

O músico teve a oportunidade de conversar com Andreas Kisser e com o baixista Paulo Xisto recentemente, durante o festival Summer Breeze Brasil, em abril. O bate-papo, de acordo com ele, envolveu a possibilidade de reunir os ex-integrantes do Sepultura no show final da turnê “Celebrating Life Through Death”.

“Eu estava conversando com [Andreas] e com o Paulo [Xisto Pinto Jr.] nos bastidores do Summer Breeze e vejo que eles precisam desse tipo de férias. Dá para perceber que eles estão muito cansados – como homens, como homens de família e todo o resto. Então não é uma coisa boa para nós, mas é necessária. E estávamos falando sobre isso, talvez façamos uma grande festa no final desta turnê; Eu, Max, Iggor e os caras também. É possível que isso aconteça no último show.”

Regravação de “Schizophrenia”

No próximo dia 21 de junho, os irmãos Cavalera lançaram uma versão regravada de “Schizophrenia” (1987), segundo álbum do Sepultura. O projeto fecha o que Max e Iggor têm chamado de “Trilogia do Terceiro Mundo”, iniciada em 2023.

Em vídeo de divulgação, os irmãos comentaram a ideia de oferecer uma regravação “Schizophrenia”, álbum que foi a estreia de Andreas Kisser no Sepultura. Além de Max (voz e guitarra) e Iggor (bateria), a nova empreitada conta com Travis Stone (Pig Destroyer) também na guitarra e Igor Amadeus Cavalera, filho de Max, no baixo.

Sobre o disco, o frontman afirmou, com transcrição do site IgorMiranda.com.br:

“’Schizophrenia’! A última peça do quebra-cabeça da trilogia! Nós nunca estivemos felizes com o som, esses discos foram feitos em estúdios brasileiros de m*rda quando éramos garotos. E da minha parte, como compus a maior parte de todos esses discos, eu queria mostrar ao mundo o quão poderosas essas músicas são, o quão poderosos esses álbuns são.”

A obra original foi registrada no J.G. Estúdio, em Belo Horizonte. A produção é assinada pelo próprio Sepultura — completo por Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Jr (baixo) — em parceria com Tarso Senra.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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