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Michael Anthony viu Ozzy atear fogo em Bill Ward: “ele nem se moveu”

Baterista original do Black Sabbath era a maior vítima de pegadinhas – às vezes perigosas – dentro da banda

Em 1978, um ascendente Van Halen roubou a cena em turnê com um Black Sabbath que lutava para manter sua relevância. Porém, a banda inglesa não deixou uma tradição de lado: tratar o baterista Bill Ward como saco de pancadas e alvo de brincadeiras – algumas totalmente sem noção.

O baixista Michael Anthony testemunhou um dos momentos em que o percussionista virou uma figura pirotécnica. Tudo aconteceu quando os dois saíram na companhia de Ozzy Osbourne, que não é chamado de Madman à toa.

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Relembrou o instrumentista ao Trunk Nation, conforme transcrição da Classic Rock:

“Estávamos no bar do hotel após o show, tomando umas cervejas. De repente, Ozzy me deu uma cutucada com o cotovelo e disse: ‘ei, Michael, olha isso’. E ele simplesmente se virou, pegou um isqueiro e ateou fogo na barba de Bill Ward.”

O que mais chocou Mike foi a reação de Ward. O baterista não demonstrou pavor, apenas seguiu com o que estava fazendo.

“Bill nem sequer reagiu. Apenas continuou bebendo sua cerveja.”

Michael Anthony, o Didi do Van Halen

No entanto, Anthony não seguiu o mesmo caminho. Na hora das brincadeiras, sua especialidade se tornou justamente o oposto de incendiar alguém.

“Meu forte era usar os extintores de incêndio. Saía disparando onde eu não deveria estar. Já destruí alguns hotéis no meu tempo. Tive que pagar a polícia, coisas assim.”

Black Sabbath e as pegadinhas em Bill Ward

O maior idealizador das emboscadas contra Bill Ward era o guitarrista Tony Iommi, que contou algumas travessuras à Gibson TV em 2022. Conforme transcrito pelo Rock and Roll Garage, ele disse:

Em 1972 alugamos uma casa em Bel-Air para gravar o álbum ‘Vol. 4’. A garagem tinha várias tintas em spray e coisas do tipo. Uma noite, Bill ficou muito bêbado, dormiu sem sequer conseguir trocar de roupa. Então, decidimos pintá-lo de dourado. No começo ele riu, mas de repente passou a ficar enjoado e começou a vomitar.”

A solução foi chamar o serviço de emergência – que deu uma bronca geral.

“Ligamos para a polícia e explicamos o que tinha acontecido. Disseram: ‘Seus idiotas, vocês quase o mataram’. Deram uma injeção e usaram um decapante para retirar a tinta. Ele ficou vermelho, parecia uma beterraba. Foi algo muito estúpido, não pensamos nas consequências.”

Porém, não parou por aí. Oito anos mais tarde, durante as gravações de “Heaven and Hell”, a coisa foi ainda mais longe.

“Tínhamos essa brincadeira de incendiar Bill, ele rolava no chão e dávamos risada. Peguei duas garrafas de álcool isopropílico e as derramei, encharcando suas roupas. Acendi o isqueiro e ele explodiu como uma bomba. Ele estava rolando e eu dando risada, achando que fosse parte da piada. O problema foi que desta vez usei álcool demais. O fogo consumiu suas calças, queimou as pernas e ele foi parar no hospital com queimaduras de terceiro grau.”

Tony Iommi ainda precisou ouvir mais um sermão, desta vez da mãe de Ward.

“Ela telefonou para mim furiosa, me xingando e dizendo que ele corria o risco de perder uma das pernas. Não sei se era verdade ou Bill falou aquilo para ela no momento. Mas foi quando definitivamente decidimos acabar com essas coisas.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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