O que Steve Vai mais admira em Ritchie Blackmore como guitarrista

Músico participou de álbum em tributo ao maior sucesso da carreira do Deep Purple, lançado em 2012

Em 2012, a revista Classic Rock e a gravadora Eagle Rock Entertainment resolveram lançar um álbum tributo a “Machine Head”, icônico disco do Deep Purple. Participaram da iniciativa nomes como Metallica, Iron Maiden, Chickenfoot e Black Label Society, entre outros.

Steve Vai também marcou presença. Junto ao baixista/vocalista Glenn Hughes – que integrou uma formação posterior da banda homenageada – e o baterista Chad Smith (Red Hot Chili Peppers), registrou uma versão para “Highway Star” que saiu como bônus nas versões norte-americana e australiana.

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A oportunidade serviu como modo de homenagear um de seus ídolos. Disse o guitarrista à edição especial “Classic Rock Presents Re-Machined: A Tribute To Deep Purple’s Machine Head”:

“O que mais admiro em Ritchie Blackmore? Sua confiança. Seu controle. Seu vibrato. Seu tom. Sua atitude de ‘Dê-me o que quer que seja, vou fazer com que pareça ótimo’. Sua atitude de ‘não me importo com o que pensam, é isso que faço, vá se f*der’. Quando eu era criança, ele criou essa mística irresistível. Havia rumores de que era realmente desagradável e cruel. Não deveria dizer desagradável e cruel, talvez apenas difícil com a imprensa. Então, você o assiste o vídeo no festival California Jam e ele está batendo sua guitarra na câmera. Mas tocava pra caramba. Sua entonação era impressionante e quando dobrava uma nota, soava ótima.”

Questionado sobre o que entende haver de especial no disco celebrado, Vai respondeu:

“Boas músicas, uma essência autêntica e a química entre todos os caras da banda. Todos estavam sendo honestos com o que queriam fazer. Você não tem a impressão de que a mente de alguém ali estivesse em outro lugar.”

Sobre “Machine Head”

Sexto trabalho de estúdio do Deep Purple, “Machine Head” é o mais bem-sucedido da história da banda. Chegou ao primeiro lugar nas paradas de sete países entre Europa e América do Norte, além de figurar no Top 10 de outros sete. Permaneceu 118 semanas no The Billboard 200, principal parada dos Estados Unidos e da indústria musical como um todo.

As gravações ocorreram no Grand Hotel, em Montreux, Suíça. A unidade móvel dos Rolling Stones foi usada para o registro. Os acidentes e desventuras do período foram registrados na letra de “Smoke On The Water”, grande clássico da história do grupo.

“Never Before” foi a escolhida como primeiro single. Curiosamente, é talvez a menos lembrada do disco. “Lazy” e “Highway Star” foram tocadas ao vivo antes mesmo do lançamento. A segunda de forma improvisada já no dia em que foi escrita.

Deep Purple e Joe Satriani

Curiosamente, o professor e um dos melhores amigos de Steve Vai substituiu Ritchie Blackmore no Deep Purple. Em 1993, quando o guitarrista saiu pela segunda vez, Joe Satriani assumiu a função para o restante da turnê do álbum “The Battle Rages On”.

Ele chegou a ser convidado para assumir a vaga em definitivo, mas optou por se concentrar na própria carreira. Com isso, Steve Morse assumiu a função, que deixou apenas recentemente para a entrada de Simon McBride, atual titular.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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