Quando o Green Day lançou “American Idiot”, em 2004, a banda já havia vivenciado sua explosão com “Dookie” (1994) e, apesar de ainda prestigiada, experimentava um declínio de vendas e popularidade. A ópera roqueira ajudou a recolocá-los em um alto patamar, com direito a obter respeito até mesmo de quem desdenhava de seu estilo.
As inspirações para o trabalho foram muitas, mas uma se sobressaía: os Beatles. Quem garante é o vocalista e guitarrista Billie Joe Armstrong. Em artigo celebrando duas décadas do material, o músico reconheceu a referência do quarteto de Liverpool nas estruturas buscadas para as composições.
Disse o frontman à Billboard, também mencionando um trabalho icônico do The Who:
“As melodias são baseadas na tradição de Lennon e McCartney. Estávamos tentando ampliar o material, levar nossas melodias e toda a ideia do Green Day a um nível que pensamos que poderia ser o nosso momento ‘Tommy’, ou o nosso ‘Sgt. Peppers’.”
“‘American Idiot’ mudou minha vida”
Armstrong também contou um fato ocorrido recentemente, quando um fã o abordou no BRIT Awards, em Londres.
“Ele disse: ‘American Idiot mudou minha vida’. E eu respondi: ‘Mudou minha vida também!’. E é verdade, mudou tudo para mim. Realmente me fez sentir que posso abrir as asas. Provou que, se você tiver coragem, pode fazer acontecer. Quando você tem um palpite de que é hora de fazer uma grande declaração, musicalmente, e isso é reconhecido, é a melhor sensação de todas.”
Sobre o álbum do Green Day
Disponibilizado em 20 de setembro de 2004, “American Idiot” é o sétimo álbum de estúdio do grupo. Conceitual, é descrito por seus próprios integrantes como uma “punk rock opera”. É considerado um dos clássicos modernos do estilo por mídia e público.
Impulsionado por singles como a faixa-título, “Boulevard of Broken Dreams”, “Holiday”, “Wake Me Up When September Ends” e “Jesus of Suburbia”, vendeu mais de 16 milhões de cópias até hoje. Ganhou disco de ouro no Brasil.
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