Ao se usar a palavra “riff” na mesma frase que “Deep Purple”, é impossível não pensar em “Smoke on the Water”, música praticamente proibida em lojas de instrumentos. Mas para Brian May, não é esse o grande trecho de guitarra de Ritchie Blackmore com a banda.
Em entrevista para a Classic Rock (via Guitar.com), o músico do Queen falou sobre o riff que o encanta na discografia do Purple, que é o de “Black Night”. O single, depois incorporado em relançamentos de “In Rock” (1970), já foi executado por May em uma aparição com o baterista Ian Paice, que também foi coberto de elogios.
O integrante do Queen declarou:
“Eu cresci ao lado desses caras e sou um grande fã. Para mim, é difícil ganhar de ‘Black Night’. Que riff enorme – um dos maiores e melhores de todos os tempos. Eu adoro tocá-lo e a toquei no palco com os caras. Tocar com Paicey, um dos bateristas mais monumentais da música, foi algo ótimo. Ele tem aquela mistura própria que poucas pessoas conseguem fazer bem. Estar no palco com ele e focar nisso foi um dos momentos mais memoráveis da minha carreira.”
Empolgado, o guitarrista do Queen ainda conclui:
“‘Black Night’ tem a melhor virada de bateria do mundo (imita a virada, rindo)… isso sempre me faz sorrir.”
Brian May, fã de Ritchie Blackmore
Apesar de serem contemporâneos, Brian May nunca escondeu que é um grande fã do trabalho de Ritchie Blackmore, seja no Deep Purple, seja no Rainbow. Ele comentou sobre o “mago” da guitarra em 2023, durante entrevista para a rádio britânica Planet Rock (via Far Out Magazine):
“Ritchie Blackmore tocando guitarra é extraordinário. As pessoas não falam o suficiente sobre ele. Não sei o motivo. Mas foi um pioneiro. Tecnicamente incrível e imprevisível de todas as maneiras possíveis, o que é ótimo. Quero dizer, é isso que você ama, não é? Você vai a um show e quer ver algo surpreendente. Ninguém sabia o que veria quando fosse ver o Deep Purple ou o Rainbow.”
Deep Purple e “Black Night”
Lançada como single em 1970, “Black Night” logo se tornou um hit. Em anos posteriores, a faixa foi incluída em relançamentos de “In Rock”, disco que havia acabado de ser lançado. Foi um sucesso em países como Bélgica, Suíça, Irlanda, Noruega, Alemanha e no próprio Reino Unido, sendo logo incorporada ao setlist do grupo.
O baixista Roger Glover afirmou para a revista Rumba Magazine, em 1993, que a base da música foi a versão de Rick Nelson de “Summertime”, música de George Gershwin. Jon Lord corrobora com o depoimento do colega no documentário “Heavy Metal Britannia”, da BBC. No entanto, algumas pessoas apontam a semelhança com “(We Ain’t Got) Nothin’ Yet”, do Blues Magoos.
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