Lita Ford aprendeu a tocar guitarra ainda na pré-adolescência. Aos 11 anos de idade, ganhou um violão dos pais, mas logo percebeu que, na verdade, queria a “versão elétrica” do instrumento.
Não demorou para que aprendesse a executar clássicos do Black Sabbath e Deep Purple. Aos 16 anos, em 1975, passou a integrar a banda Runaways – onde ganhou notoriedade. Posteriormente, no início dos anos 1980, deu início à sua carreira solo.
À época, segundo a própria, muitas pessoas estranhavam o fato de uma mulher empunhar uma guitarra. Durante participação no podcast “The Hook Rocks”, transcrita pelo Blabbermouth, a musicista revelou que o preconceito vinha, em grande parte, dos homens, mas não abrangia só eles, já que a questão era da sociedade como um todo.
Lita declarou:
“Homens são apenas homens. E não são nada indestrutíveis. Não significa nada. Em muitas das situações, eles não conseguem assimilar o óbvio. E o problema não foi só os homens. Muita gente não conseguia entender o fato de que: ‘Ah, ela é uma mulher e está tocando guitarra. Como assim? Como isso funciona?’.”
No entanto, a artista não deixou-se afetar pela situação. Tanto que, apesar de não ter referências femininas, não conseguia enxergar por que não podia simplesmente fazer o que amava.
“Bem, para mim, isso nunca foi realmente claro. Eu apenas pensei: ‘bem, eu só quero tocar guitarra’. E nunca passou pela minha cabeça que eu não podia porque era uma mulher. Nunca fez sentido para mim.”
Em contrapartida, alguns músicos deixaram os julgamentos de lado e a acolheram. Citando exemplos, Ford mencionou, primeiramente, Dee Snider – líder do Twisted Sister, com quem tem a parceria “I’ll Be Home for Christmas”.
“Muitos dos melhores músicos da época eram homens e eu preciso dizer que vários deles me ajudaram a alcançar certo status de celebridade do rock. Eles não olhavam para mim e pensavam ‘ah, ela é uma mulher e não pode fazer isso’. Eles não olhavam assim. Eram diferentes. Como Dee Snider, por exemplo. Dee dava um grande apoio para mim e minha banda. Abrimos para o Twisted Sister muitas vezes. Dee sempre saía, provocava o público e os deixava animados para o nosso show que estava chegando. Se estivéssemos em um festival ou nos apresentássemos antes deles, ele sempre fazia isso.“
Por fim, destacou o ídolo e referência Ritchie Blackmore, que já esteve no Rainbow e Deep Purple
“Pessoas como Ritchie Blackmore também nunca me julgaram porque eu era uma mulher. E muitos desses grandes músicos são realmente pessoas sem julgamentos. Tem tudo a ver com o que você mostra.”
Lita Ford atualmente
Atualmente, Lita Ford está trabalhando em seu próximo álbum solo, que deve sair neste ano. O mais recente é “Living Like a Ruanway”, disponibilizado em 2012. Quatro anos mais tarde saiu “Time Capsule”, compilando gravações antigas que permaneciam inéditas até então.
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