Em 2001, Peter Criss se ausentou de uma perna da Farewell Tour, do Kiss, que percorreu Ásia e Oceania. Na ocasião, a banda chamou Eric Singer para assumir as baquetas e a maquiagem de Catman. Foi sua primeira aventura com o personagem que se tornaria seu em definitivo pouco tempo depois.
Quem aprovou a empreitada foi Ace Frehley. O guitarrista solo original da banda já havia feito algumas jams com o baterista anteriormente e sempre fez questão de elogiá-lo. Em entrevista ao podcast Decibel Geek, ele reafirmou sua aprovação.
Disse o Spaceman, conforme transcrição do Blabbermouth:
“Eu realmente adoro tocar com Eric. Ele é um ótimo baterista e tem uma habilidade incrível em sua caixa. Tocamos ‘Shock Me’ em uma convenção anos atrás e ele simplesmente destruiu o baterista que estava lá anteriormente. Eu disse: ‘sim, agora é um baterista de verdade’. Eu sempre tiro meu chapéu para Eric.”
A cutucada em Tommy Thayer
Como não poderia deixar de ser, Ace aproveitou o ensejo para dar uma provocada no guitarrista que assumiu seu lugar. Tudo se deu quando os elogios a Singer passaram para o lado pessoal.
“Eric e eu sempre fomos amigos. Mantivemos contato durante toda a m*rda que aconteceu com o Kiss. É um cara legal, me respeita e eu também o respeito. Sei que ele preferiria que eu tocasse guitarra na banda ao invés de Tommy Thayer. Não acho que ele seja um grande fã de Tommy, mas as coisas são o que são. Paul [Stanley] e Gene [Simmons] dão as ordens.”
Cutucada rebatida anteriormente
Curiosamente, uma década atrás, Eric Singer não se mostrou tão receptivo à ideia durante entrevista à Rolling Stone. O baterista rebateu a acusação de que o Kiss teria se tornado “meia banda cover” feita por Frehley. Ele disse:
“Quando entrei para tocar com a maquiagem em 2001, Ace estava na banda e não teve nenhum problema com eu estar no lugar de Peter enquanto subia no palco e ganhava aquele dinheiro. Ele não queria Peter de volta na banda. E então seguimos em frente no ano seguinte, quando Ace decidiu sair. Quando avançamos, de repente eles trazem Peter de volta, e você tem Tommy Thayer tocando guitarra usando a maquiagem de Ace. De repente, ninguém se importava que fosse o desenho de maquiagem de Ace. Peter não teve problemas, não é?”
Vale destacar ainda que, na biografia de Paul Stanley, “Uma Vida Sem Máscaras”, o próprio ressalta que Ace não sentia saudades de Peter no curto período em que a formação em questão durou.
“Poucos sentiam a falta de Peter. Ace não era um deles.
– Não quero que isso chegue aos ouvidos dele, mas estou feliz por Peter não estar aqui – ele disse certa noite. – Ele me dava nos nervos. Estou me divertindo muito mais agora.
Com Eric de volta à banda, Ace começou a socializar conosco outra vez. Ele gostou de Eric em todos os sentidos e curtiu tocar com ele. Os jantares da banda voltaram e saímos algumas vezes no Japão e na Austrália, onde fizemos concertos extras em abril de 2001. Todos estavam se dando melhor do que nunca.”
Kiss com Ace Frehley e Eric Singer
A curta fase da formação Stanley/Simmons/Frehley/Singer ganhou um lançamento oficial em 2021. Um show em Tóquio inaugurou a série “Off the Soundboard”, destinada a resgatar registros antigos do Kiss. Ele pode ser conferido abaixo.
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