Poderíamos começar este texto dizendo que “Lulu”, parceria de Lou Reed com o Metallica, despertou reações de amor e ódio. Porém, não seria correto. Salvo algumas poucas aprovações, o disco foi esculachado por fãs (mais) e crítica (menos). Especialmente os admiradores da banda, já que não se tratava de um trabalho com influências que remetiam ao heavy metal.
No entanto, entre os poucos que apreciaram a obra, estava uma das figuras mais lendárias da história da música popular. Não à toa, David Bowie era denominado o “camaleão do rock”. Suas mutações sonoras o fizeram capaz não apenas de criar, mas apreciar diferentes abordagens artísticas, como foi o caso do disco em questão.
Em 2015, durante a cerimônia de indução de Lou ao Rock and Roll Hall of Fame, a viúva do músico fez uma revelação. Laurie Anderson declarou, conforme resgate do Rock and Roll Garage:
“Um dos últimos projetos de Lou foi seu álbum com o Metallica. Era algo realmente desafiador e tenho dificuldade com isso. São muitas lutas e muito brilho. E depois da morte de Lou, David Bowie fez questão de me dizer: ‘Ouça, este é o melhor trabalho de Lou. Esta é sua obra-prima. Espere, será como (o álbum de Reed de 1973) Berlin’. Vai demorar um pouco para que todos assimilem.”
David Bowie e “Lulu”
Em 2017, James Murphy já havia mencionado o apreço de Bowie por “Lulu”. Em entrevista ao programa de rádio The Best Show, transcrita pelo Consequence, o líder do LCD Soundsystem contou:
“Bowie me disse que ‘Lulu’ continha algumas das melhores composições de Lou Reed. Ele acha que as pessoas estavam fazendo um julgamento rápido e não prestando atenção no álbum.”
Metallica e Lou Reed
Lançado no dia 31 de outubro de 2011, “Lulu” foi baseado na obra “Lulu Plays”, do alemão Frank Wedekind. O trabalho foi o último de Lou Reed antes de sua morte, em 2013.
Apesar das críticas, o disco entrou nas paradas de 23 países, incluindo nações da América do Norte, Europa, Oceania e Ásia.
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