Por que IA pode destruir a indústria musical, segundo Roger Daltrey

Cantor do The Who entende que vocais criados pela tecnologia são perigosos, mas não são capazes de substituírem a voz humana

A inteligência artificial tem sido cada vez mais presente na música, seja para melhorar questões técnicas — como foi o caso de “Now and Then”, considerada a canção final dos Beatles — ou para a criação de releituras inusitadas na internet. Apesar dos pontos positivos, a tecnologia pode, na opinião de Roger Daltrey, destruir a indústria musical.

Durante recente participação no podcast Shaun Keaveny’s Daily Grind, conforme transcrição do site Far Out Magazine, o cantor do The Who descreveu o recurso como “perigoso”. Ainda assim, para ele, vocais criados por inteligência artificial não chegarão ao ponto de substituir os vocais humanos porque apresentam uma grande desvantagem: falta de sentimento. 

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Uma música idealizada por meio de IA não tem a mesma gama de emoções e não gera empatia no ouvinte, conforme explicação do músico:

“A única coisa que acredito totalmente é que a IA nunca mostrará uma empatia e isso causará sua queda. Mas se não tomarmos cuidado, destruirá a indústria musical.”

Nas palavras do músico, a situação só ficará mais séria quando a tecnologia conseguir reproduzir as minúcias da voz humana. De qualquer forma, é preciso ter cautela:  

“A música é uma linguagem diferente e não devemos deixar a IA controlá-la. A música sempre conterá empatia e a IA não pode fazer isso. Se a IA puder demonstrar empatia, então estaremos ferrados.”

The Who atualmente

No dia 28 de agosto do ano passado, o The Who realizou o derradeiro show da turnê “Hits Back!”, que contou com participação de diferentes orquestras na América do Norte e Europa. Desde então, nada mais aconteceu no universo da banda britânica.

Aparentemente, a situação não deve se modificar. Quem garante é o vocalista Roger Daltrey. O cantor de 79 anos deixou claro não imaginar que a banda – hoje resumida a uma dupla com o guitarrista Pete Townshend – volte a ter atividades.

Ele disse ao jornal britânico The Times:

“Não posso dar uma resposta definitiva. Eu não escrevo as músicas. Nunca escrevi. Precisamos sentar e ter uma reunião. Porém, no momento, estou feliz em dizer que essa parte da minha vida está encerrada.”

Caso a situação se confirme, o The Who sai de cena com seis décadas de carreira e mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o planeta.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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