O que mais desmotiva artistas estrangeiros a fazer shows no Brasil, segundo CEO da Eventim

Jorge Reis aponta falha em cidades que impede realização de mais apresentações; problema acomete até São Paulo, que já recebe vários eventos

Nos últimos anos, muitos artistas internacionais trouxeram grandes turnês para o Brasil. Só em 2023, Coldplay, Red Hot Chili Peppers, Kiss, Taylor Swift, RBD, Red Hot Chili Peppers, Roger Waters, Paul McCartney, entre outros nomes, passaram pelo país para uma série de shows. No entanto, de maneira geral, ainda há um receio por parte de astros estrangeiros quanto a se apresentar por aqui. 

Segundo Jorge Reis, CEO da ticketeira Eventim, o problema está sobretudo na infraestrutura. Como explicou à revista Exame, até mesmo São Paulo, responsável por receber boa parte dos eventos, carece de locais adequados. Há poucos estádios capazes de sediar espetáculos e um número pequeno de casas de shows, que não faz jus à demanda.

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Ele explicou:

“A nossa maior falha está na infraestrutura das cidades brasileiras e também na oferta de locais apropriados. São Paulo é uma cidade de grandes dimensões, mas não possui tantos estádios com a capacidade semelhantes ao Allianz, por exemplo, que chega a mais de 40 mil lugares. Um local mais aberto como o Ibirapuera não dá conta de grandes shows e festivais. Interlagos tem potencial, mas também limitações. Existem casas de shows com capacidade para 5 mil a 7 mil pessoas. Mesmo assim, ainda é insuficiente. Se tivéssemos mais estádios, seria possível produzir mais shows.”

Outra questão envolve o deslocamento para as cidades brasileiras. De acordo com o profissional, o custo e o tempo de locomoção, inclusive nacionalmente, prejudicam tanto a passagem dos próprios artistas pelo país, como também de suas equipes.

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“São Paulo e todas as capitais da América do Sul concorrem com turnês da Europa, Estados Unidos, Japão, China e Austrália. Quando se traz um artista muito popular para cá, o tempo dele no país é bem limitado, o que reduz as datas de apresentações. O custo para operações e deslocamento é altíssimo, principalmente para levá-lo para dezenas de estados. É difícil fazer isso em um país com dimensão continental. Na Europa, isso é mais viável porque uma equipe consegue em poucas horas se deslocar de Paris para Lion, ou de Berlim para Bruxelas. Pode parecer estranho para nós [brasileiros], mas para eles não é tão comum encarar longas horas de voo para países muito distantes.”

Sobre a Eventim

Fundada na Alemanha, a Eventim opera atualmente em 22 países. É responsável pela comercialização de mais de 250 milhões de ingressos para um número estimado de 180 mil eventos por ano.

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Além de atuar em espetáculos ligados à arte, também comanda a venda de entradas para eventos esportivos, tendo atuado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e já estando designada para a função na próxima edição da competição, que acontece neste ano em Paris.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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