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O emocionado texto de Jairo Guedz sobre o fim do Sepultura

Guitarrista dos primeiros trabalhos da banda usou sua versão autografada do álbum “Schizophrenia” para ilustrar a amizade que se manteve

Na última terça-feira (27), o guitarrista Jairo Guedz publicou um texto em seu Instagram refletindo sobre o fim do Sepultura. O músico, que hoje faz parte do The Troops of Doom, gravou o EP de estreia da banda, “Bestial Devastation” (1985), além do álbum “Morbid Visions” (1986).

A postagem foi ilustrada com sua versão em LP do álbum “Schizophrenia” (1987), gravado por seu substituto, Andreas Kisser. Nela, os quatro integrantes da formação mais bem-sucedida do grupo escreveram dedicatórias ao amigo, que foram destacadas nas imagens.

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Diz Jairo:

“Sempre que revisito minha coleção de álbuns do SEPULTURA eu sinto um imenso orgulho da banda que começamos lá atrás, em 1984/85 e daquilo que essa banda se tornou – um ícone do Heavy Metal mundial! O SEPULTURA levou pros 4 cantos do planeta o nome do Brasil, ultrapassando em alguns lugares o nome do próprio futebol e em vários outros, o nome da MPB, do samba, do Carnaval…deixou de ser apenas uma banda pra se tornar símbolo da possibilidade de conquista de um ‘lugar ao sol’ pra muitos artistas brasileiros, dos confins da Floresta Amazônica aos barracos e periferias das grandes cidades…inúmeros metaleiros e artistas já pensaram ‘Agora é possível! Vou continuar correndo atrás do meu sonho!’ Eu vou me sentir um pouco órfão com certeza, após essa decisão de encerrar os trabalhos da banda, mas além do respeito por eles terem tomado essa decisão, eu reafirmo meu respeito e amor por essa banda que mudou, não apenas toda a linha da minha vida, mas a forma como o mundo passou a enxergar a música vinda do Brasil. Desejo a todos do SEPULTURA e em seus novos caminhos, muita paz, muita saúde e muitas realizações. Do ex-membro, amigo, fã e ‘irmão mais velho’. Meu eterno OBRIGADO!”

Jairo Guedz e o fim do Sepultura

Em recente entrevista a Gustavo Maiato, publicada no Whiplash, Jairo teceu suas impressões sobre a decisão dos amigos. Garantiu divergir, mas ao mesmo tempo respeitar.­­­­

“Foi um misto de sentimentos. Respeito muito o Andreas e as escolhas da banda, mas ao mesmo tempo achei um pouco cedo pra essa decisão. Gostaria que o Sepultura fizesse muita coisa ainda… Algumas bandas a gente pensa que são eternas, que nunca vão acabar…vou sentir falta dos caras na ativa…”

Ele também garante estar disposto a subir ao palco com o grupo novamente, como fez em momentos posteriores à sua saída.

“Se me convidarem, ou seja, se for do interesse deles também, claro! Seria um prazer. Basta a banda querer e eu estar por aqui na mesma data.”

A despedida do Sepultura

Após 40 anos de estrada, o Sepultura encerrará as atividades. Nos próximos dias, a banda inicia a “Celebrating Life Through Death”, que deve durar cerca de um ano e meio. O baterista Greyson Nekrutman (Suicidal Tendencies) assumirá as baquetas após a saída de Eloy Casagrande, confirmada nos últimos dias.

O giro inicial se estende até abril. A partir de setembro, há mais datas no Brasil antes de seguir para a Europa, onde o grupo deve permanecer até o fim de novembro. Mais datas ainda serão anunciadas. A previsão é que a excursão dure em torno de um ano e meio.

Novo álbum do The Troops of Doom

No final de 2023, o The Troops of Doom anunciou estar trabalhando em seu próximo disco, que se chamará “A Mass To The Grotesque”. As gravações acontecem desde o mês passado no estúdio Audio Porto, em Porto Alegre.

O produtor será o multi-instrumentista e compositor André Moraes. Ele trabalhou com o Sepultura na trilha do filme “Lisbela e o Prisioneiro” (2003), além do disco “Dante XXI” (2006), último a contar com Iggor Cavalera na bateria. A distribuição internacional acontecerá através do selo Alma Mater Records, de Fernando Ribeiro, vocalista do Moonspell.

Além de Jairo, a formação conta com o baterista Alexandre Oliveira, o guitarrista Marcelo Vasco e o baixista e vocalista Alex Kafer. O grupo é atração confirmada no Summer Breeze Brasil 2024, que acontece nos dias 26, 27 e 28 de abril no Memorial da América Latina, em São Paulo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

2 COMENTÁRIOS

  1. Jairo é um ícone do Metal, lindo texto.
    Lembro de uma reportagem pouco antes do lançamento do Arise que dizia…O Brasil ainda vai ser conhecido como a terra do Sepultura!!!
    Café, Futebol e Carnaval que se cuidem.

  2. Jairo tem papel fundamental no heavy metal brasileiro…sim por ter gravado os primeiros discos do SEPULTURA entrou p história…E p mim também SEPULTURA é Max Igor e mais dois…pode ser o Andreas o Jairo…q cagada hein Max…!!!!

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A postagem foi ilustrada com sua versão em LP do álbum “Schizophrenia” (1987), gravado por seu substituto, Andreas Kisser. Nela, os quatro integrantes da formação mais bem-sucedida do grupo escreveram dedicatórias ao amigo, que foram destacadas nas imagens.

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Diz Jairo:

“Sempre que revisito minha coleção de álbuns do SEPULTURA eu sinto um imenso orgulho da banda que começamos lá atrás, em 1984/85 e daquilo que essa banda se tornou – um ícone do Heavy Metal mundial! O SEPULTURA levou pros 4 cantos do planeta o nome do Brasil, ultrapassando em alguns lugares o nome do próprio futebol e em vários outros, o nome da MPB, do samba, do Carnaval…deixou de ser apenas uma banda pra se tornar símbolo da possibilidade de conquista de um ‘lugar ao sol’ pra muitos artistas brasileiros, dos confins da Floresta Amazônica aos barracos e periferias das grandes cidades…inúmeros metaleiros e artistas já pensaram ‘Agora é possível! Vou continuar correndo atrás do meu sonho!’ Eu vou me sentir um pouco órfão com certeza, após essa decisão de encerrar os trabalhos da banda, mas além do respeito por eles terem tomado essa decisão, eu reafirmo meu respeito e amor por essa banda que mudou, não apenas toda a linha da minha vida, mas a forma como o mundo passou a enxergar a música vinda do Brasil. Desejo a todos do SEPULTURA e em seus novos caminhos, muita paz, muita saúde e muitas realizações. Do ex-membro, amigo, fã e ‘irmão mais velho’. Meu eterno OBRIGADO!”

Jairo Guedz e o fim do Sepultura

Em recente entrevista a Gustavo Maiato, publicada no Whiplash, Jairo teceu suas impressões sobre a decisão dos amigos. Garantiu divergir, mas ao mesmo tempo respeitar.­­­­

“Foi um misto de sentimentos. Respeito muito o Andreas e as escolhas da banda, mas ao mesmo tempo achei um pouco cedo pra essa decisão. Gostaria que o Sepultura fizesse muita coisa ainda… Algumas bandas a gente pensa que são eternas, que nunca vão acabar…vou sentir falta dos caras na ativa…”

Ele também garante estar disposto a subir ao palco com o grupo novamente, como fez em momentos posteriores à sua saída.

“Se me convidarem, ou seja, se for do interesse deles também, claro! Seria um prazer. Basta a banda querer e eu estar por aqui na mesma data.”

A despedida do Sepultura

Após 40 anos de estrada, o Sepultura encerrará as atividades. Nos próximos dias, a banda inicia a “Celebrating Life Through Death”, que deve durar cerca de um ano e meio. O baterista Greyson Nekrutman (Suicidal Tendencies) assumirá as baquetas após a saída de Eloy Casagrande, confirmada nos últimos dias.

O giro inicial se estende até abril. A partir de setembro, há mais datas no Brasil antes de seguir para a Europa, onde o grupo deve permanecer até o fim de novembro. Mais datas ainda serão anunciadas. A previsão é que a excursão dure em torno de um ano e meio.

Novo álbum do The Troops of Doom

No final de 2023, o The Troops of Doom anunciou estar trabalhando em seu próximo disco, que se chamará “A Mass To The Grotesque”. As gravações acontecem desde o mês passado no estúdio Audio Porto, em Porto Alegre.

O produtor será o multi-instrumentista e compositor André Moraes. Ele trabalhou com o Sepultura na trilha do filme “Lisbela e o Prisioneiro” (2003), além do disco “Dante XXI” (2006), último a contar com Iggor Cavalera na bateria. A distribuição internacional acontecerá através do selo Alma Mater Records, de Fernando Ribeiro, vocalista do Moonspell.

Além de Jairo, a formação conta com o baterista Alexandre Oliveira, o guitarrista Marcelo Vasco e o baixista e vocalista Alex Kafer. O grupo é atração confirmada no Summer Breeze Brasil 2024, que acontece nos dias 26, 27 e 28 de abril no Memorial da América Latina, em São Paulo.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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  1. Jairo é um ícone do Metal, lindo texto.
    Lembro de uma reportagem pouco antes do lançamento do Arise que dizia…O Brasil ainda vai ser conhecido como a terra do Sepultura!!!
    Café, Futebol e Carnaval que se cuidem.

  2. Jairo tem papel fundamental no heavy metal brasileiro…sim por ter gravado os primeiros discos do SEPULTURA entrou p história…E p mim também SEPULTURA é Max Igor e mais dois…pode ser o Andreas o Jairo…q cagada hein Max…!!!!

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