Considerado um dos bateristas mais habilidosos do hard rock, Eric Singer traçou uma carreira marcada por grandes trabalhos ao lado de artistas e bandas como Kiss, Alice Cooper e Black Sabbath. Embora seja consagrado no segmento da música pesada, uma de suas grandes paixões é o jazz.
Em entrevista à revista Modern Drummer, Singer compartilhou sua opinião sobre o trabalho de uma série de bateristas. Primeiro, falou sobre vários nomes do rock, ainda que muitos deles sejam versáteis e tenham flertado com outros gêneros.
“Para mim, Simon Phillips (Toto) soava como um baterista de rock que tocava de uma maneira fusion. O que ele toca não é jazzístico e complexo demais para um contexto de rock, ele permaneceu mais linear. Ele tem grandes habilidades de rock, mas ele toca de forma mais preenchida. Ele tocou muitas coisas legais, mas ainda assim tinha um vocabulário de rock. Eu amava Tommy Aldridge com Pat Travers, Mark Craney em ‘Brother to Brother’ de Gino Vanelli, Terry Bozzio no ‘Heavy Metal Bebop’ dos Brecker Brothers e com Missing Persons. Eu amo a maneira de Steve Smith (Journey) tocar, mas também com o Montrose e Jean-Luc Ponty. Dennis Chambers pode tocar qualquer coisa.”
Em seguida, o músico refletiu sobre a cena do jazz e destacou Marvin “Smitty” Smith, baterista que considera subestimado em comparação a outros profissionais do gênero. Também dono de extenso currículo, “Smitty” já tocou com Sting, Dave Holland, Sonny Rollins, Willie Nelson, Steve Coleman, entre vários uotros, além de ter sido músico da banda do talk show de Jay Leno entre 1995 e 2009.
Singer afirmou:
“No entanto, o cara que nunca recebeu atenção suficiente é Marvin ‘Smitty’ Smith. Ele é incrível e realmente tocou muita música boa. Assista a alguns vídeos de Marvin em seus primeiros anos. Ele nunca recebeu os elogios como Weckl, Gadd, Vinnie e Dennis, mas ‘Smitty’ pode tocar nesse nível. Novamente, ele tem esse vocabulário múltiplo e toca muitos estilos.”
A influência do Kiss sobre Eric Singer
Na ocasião, Eric Singer se classificou como “um baterista de rock” e ponderou sobre sua relação com a influência do Kiss. O músico – que entrou para o grupo em 1991 após a morte de Eric Carr – revelou que o trabalho da banda como um todo o impactou mais do que a bateria do Catman original, Peter Criss.
“Obviamente, eu não sou esse tipo de baterista. Eu sou um baterista de rock. É ótimo ser um camaleão, isso é uma habilidade e atributo incríveis, mas também não há nada de errado em querer ser um baterista de rock que toca com bandas. Eu amava o Kiss enquanto banda, ‘Dressed to Kill’ era meu disco favorito. Mesmo que Peter Criss nunca tenha sido uma influência direta na minha bateria, o Kiss como um todo foi definitivamente uma influência importante como ‘uma banda’. Isso é o que eu aspirava, é assim que eu me via, eu queria tocar a música que essas bandas tocavam.”
Sobre Marvin “Smitty” Smith
Renomado baterista e compositor de jazz, Marvin “Smitty” Smith nasceu em 24 de junho de 1961 em Waukegan, Illinois. Em seis décadas de carreira, colaborou em mais de 200 álbuns com diversos artistas e lançou dois álbuns solo, além de ter trabalhado com músicos como Sting, Willie Nelson e Steve Coleman. Seu currículo também é marcado pela participação no grupo New York Jazz Quartet.
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