Ex-baterista do Iron Maiden, Thunderstick não achava que a banda seria gigante

Músico, que fez parte do grupo entre 1977 e 1978, explica que a Donzela de Ferro tinha o mesmo comportamento de outros artistas da época

Em 1977, Barry Graham Purkis, mais conhecido como Thunderstick, entrou para o Iron Maiden. O baterista, que também integrou o Samson, ocupou na Donzela de Ferro o lugar de Ron Matthews por cerca de oito meses, até sair em 1978. 

Naquela época, o músico não acreditava que a banda um dia seria gigante. Durante participação no Disturbing the Priest Podcast, transcrita pela Ultimate Guitar, ele explicou que, na verdade, o grupo apresentava os mesmos padrões e comportamentos de outros. Ainda, citou a alta do movimento punk como justificativa para o pensamento.  

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O baterista declarou:

“Era um trabalho em andamento. Eles eram como qualquer outra banda, tentando fazer as coisas sozinhos e tentando chegar em algum lugar e conseguir algum trabalho. É preciso lembrar que, até então, existiam uma enxurrada de bandas punk. E foi mais ou menos isso que deu origem à Nova Onda Do Heavy Metal Britânico.”

Thunderstick aproveitou a oportunidade para relembrar como conseguiu fazer parte do Maiden. Tudo começou com um anúncio no jornal Melody Maker.

“Havia um jornal de música chamado Melody Maker. Era como uma bíblia para todos os músicos que estavam procurando uma banda ou bandas que estavam procurando músicos. E eu vi esse anúncio, eles queriam um tecladista e um baterista. Parecia um pouco mais sério do que qualquer outra coisa que eu tinha olhado.”

Então, acabou sendo chamado para uma audição. Até hoje, Thunderstick recorda detalhes da ocasião. 

“Acabei indo junto com muitos outros bateristas. Lembro que o dia das audições foi muito quente e que tinha um corredor enorme, muito extenso, cheio de caras com suas baquetas. E a porta no final do corredor se abriu e meio que apareceu um dedo, chamando: ‘próximo’.”

Thunderstick sobre a banda

Em entrevista ao site Consultoria do Rock, publicada em 2011, Thunderstick já havia feito um comentário semelhante sobre a fama do Iron Maiden. Ao detalhar seu período na banda, declarou:

“O Iron Maiden com o qual estive envolvido foi um grupo formulando suas ideias e direção muito diferente da banda reconhecida de hoje. A inclusão de teclados na formação como um instrumento principal mostra isso. Na época, éramos apenas outra banda batalhando contra a competição. Steve [Harris] vinha pra minha casa e nós ensaiávamos o baixo e as partes de bateria. Para mim, isso era um caso de ‘trabalho em progresso’. Eu não recordo de nada que fiz com eles como sendo extraordinário, apenas uma continuação de ser um músico coerente.”

Iron Maiden no Brasil

O Iron Maiden virá ao Brasil novamente no fim deste ano. Com a segunda parte da “Future Past World Tour”, a banda tocará em São Paulo, no Allianz Parque, nos dias 6 e 7 de dezembro. 

As datas na capital paulista são as duas únicas no país até agora. Segundo a produtora Move Concerts, o evento do dia 7 será o último do grupo em território nacional em 2024. O Volbeat fica responsável pela abertura.

O giro conta com repertório focado nos álbuns “Somewhere in Time” (1986) e “Senjutsu” (2021). Em 2023, a série de apresentações passou por 30 países europeus, além de 4 datas na América do Norte (3 no Canadá, 1 nos Estados Unidos, durante o festival Power Trip).

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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