...

A opinião de Dave Murray sobre a música “Fear of the Dark”, do Iron Maiden

Canção se tornou o maior clássico da banda britânica após sua primeira década de atividades

A era clássica do Iron Maiden para boa parte dos fãs compreende o período até o álbum “Powerslave” (1984). Ainda há aqueles que incluem “Somewhere in Time” (1986) e “Seventh Son of a Seventh Son” (1988) na conta, mas dificilmente irá passar disso.

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Ainda assim, uma música em específico se sobressaiu a ponto de até mesmo ser incluída em setlists de turnês comemorativas de uma época em que ela sequer existia. Com seu coro de fácil assimilação, a faixa-título do álbum “Fear of the Dark” (1992) ganhou vida própria.

Em entrevista retrospectiva da revista Classic Rock, o guitarrista Dave Murray comentou o impacto da obra e de seu disco.

“Foi um álbum muito diferente para o Maiden. Grande parte da música era mais um tipo de rock clássico, com muitas mudanças de tempo. Ainda me lembro do momento em que gravamos a música ‘Fear Of The Dark’. Sabíamos imediatamente que seria uma faixa ao vivo de destaque.”

É um impacto tão forte que o músico não consegue definir apenas um atributo que a torna uma vencedora.

“Tudo sobre ela – o poder, as melodias, as letras, o ritmo e a maneira como ela muda – realmente resume o que a banda representa. O modo como os fãs cantam quando tocamos ao vivo realmente a tornou um hino para nós.”

Iron Maiden e “Fear of the Dark”

Nono trabalho de inéditas do Iron Maiden, “Fear of the Dark” foi o último a contar com o vocalista Bruce Dickinson em sua primeira passagem pela banda. Também marcou a despedida do produtor Martin Birch, que se aposentou logo após o fim das sessões de gravação. O baixista Steve Harris assinou a função em parceria, passando a atuar de forma mais atuante no processo.

Entre outros temas, as letras abordavam a Guerra do Golfo (“Afraid To Shoot Strangers”), a Aids (“Fear Is The Key”) e a violência entre torcidas de futebol (“Weekend Warrior”).

Foi a primeira vez em que a capa não teve a autoria do ilustrador Derek Riggs. Melvyn Grant assinou a arte. Chegou ao topo da parada britânica, ganhando disco de ouro, feito repetido na França e no Canadá.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Já que o post acima explicou sobre o ”medo do escuro”, vou incluir uma visão polêmica e impopular entre fãs do Iron Maiden, sobre o fato de que além da Fear of The Dark —que realmente destoa como a maior da década 90s inteira do Maiden – a balada heavy Wasting Love tornou-se realmente um clássico do Maiden, e no mesmo patamar de profundidade da Tears of the Dragon, do Bruce. Até mais que ‘Man of Sorrows’ de 1997.

    São musicas que alcançaram um público que não é exclusivo do metal, ganhando pedidos em rádios, e coletâneas ao longo dos anos. Isto, claro, não significa que elas são as melhores ou piores obras do Maiden.

    Porém, a sensação no ar é de que, 99,9% dos fãs jamais colocariam Wasting Love em qualquer coletânea da banda, nem mesmo ao vivo. Seria mais ou menos como querer ‘limar’ Mama I’m Coming Home da discografia do Ozzy, ou The Unforgiven do Metallica.

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Canção se tornou o maior clássico da banda britânica após sua primeira década de atividades

A era clássica do Iron Maiden para boa parte dos fãs compreende o período até o álbum “Powerslave” (1984). Ainda há aqueles que incluem “Somewhere in Time” (1986) e “Seventh Son of a Seventh Son” (1988) na conta, mas dificilmente irá passar disso.

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Ainda assim, uma música em específico se sobressaiu a ponto de até mesmo ser incluída em setlists de turnês comemorativas de uma época em que ela sequer existia. Com seu coro de fácil assimilação, a faixa-título do álbum “Fear of the Dark” (1992) ganhou vida própria.

Em entrevista retrospectiva da revista Classic Rock, o guitarrista Dave Murray comentou o impacto da obra e de seu disco.

“Foi um álbum muito diferente para o Maiden. Grande parte da música era mais um tipo de rock clássico, com muitas mudanças de tempo. Ainda me lembro do momento em que gravamos a música ‘Fear Of The Dark’. Sabíamos imediatamente que seria uma faixa ao vivo de destaque.”

É um impacto tão forte que o músico não consegue definir apenas um atributo que a torna uma vencedora.

“Tudo sobre ela – o poder, as melodias, as letras, o ritmo e a maneira como ela muda – realmente resume o que a banda representa. O modo como os fãs cantam quando tocamos ao vivo realmente a tornou um hino para nós.”

Iron Maiden e “Fear of the Dark”

Nono trabalho de inéditas do Iron Maiden, “Fear of the Dark” foi o último a contar com o vocalista Bruce Dickinson em sua primeira passagem pela banda. Também marcou a despedida do produtor Martin Birch, que se aposentou logo após o fim das sessões de gravação. O baixista Steve Harris assinou a função em parceria, passando a atuar de forma mais atuante no processo.

Entre outros temas, as letras abordavam a Guerra do Golfo (“Afraid To Shoot Strangers”), a Aids (“Fear Is The Key”) e a violência entre torcidas de futebol (“Weekend Warrior”).

Foi a primeira vez em que a capa não teve a autoria do ilustrador Derek Riggs. Melvyn Grant assinou a arte. Chegou ao topo da parada britânica, ganhando disco de ouro, feito repetido na França e no Canadá.

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1 COMENTÁRIO

  1. Já que o post acima explicou sobre o ”medo do escuro”, vou incluir uma visão polêmica e impopular entre fãs do Iron Maiden, sobre o fato de que além da Fear of The Dark —que realmente destoa como a maior da década 90s inteira do Maiden – a balada heavy Wasting Love tornou-se realmente um clássico do Maiden, e no mesmo patamar de profundidade da Tears of the Dragon, do Bruce. Até mais que ‘Man of Sorrows’ de 1997.

    São musicas que alcançaram um público que não é exclusivo do metal, ganhando pedidos em rádios, e coletâneas ao longo dos anos. Isto, claro, não significa que elas são as melhores ou piores obras do Maiden.

    Porém, a sensação no ar é de que, 99,9% dos fãs jamais colocariam Wasting Love em qualquer coletânea da banda, nem mesmo ao vivo. Seria mais ou menos como querer ‘limar’ Mama I’m Coming Home da discografia do Ozzy, ou The Unforgiven do Metallica.

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