A história do game Aerosmith Revolution X, sucesso nos arcades e fiasco nos consoles

Jogo mostrou seu potencial nas máquinas de fliperamas, mas perdeu força nas versões domésticas

Em 1994, a volta triunfal do Aerosmith já estava plenamente consolidada. A trinca “Permanent Vacation” (1987), “Pump” (1989) e “Get A Grip” (1993) recolocou a banda no topo, alcançando até mais popularidade que nos anos 1970 – fruto da sequência indefectível de rock com apelo popular e baladas épicas prontas para as rádios da época.

Sendo assim, foi natural que um dos passos a seguir fosse entrar no mundo dos games. Para tal, o grupo fez uma parceria com a Midway. A companhia estava em alta na época, especialmente com as franquias “Mortal Kombat” e “NBA Jam”. Know-how não faltava.

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Assim surgiu “Revolution X”, game de tiro que seguiu a linha de outro sucesso da empresa: Terminator 2 – Judgment Day, lançado em 1991. Eis a sinopse, como está disponível na versão em inglês da Wikipedia:

“Em uma versão distópica de 1996, uma aliança de governo corrupto e forças militares corporativas assumiram o controle do mundo sob o disfarce da Nação da Nova Ordem (NON). O NON, com sua comandante vampira Head Mistress Helga (interpretada por Kerri Hoskins), declarou guerra à cultura jovem (qualquer pessoa de 13 a 30 anos) e baniu todas as formas de música, televisão, revistas e videogames. O jogador viaja para o Club X, em Los Angeles, para ver o Aerosmith se apresentar ao vivo. Mas a banda é capturada por tropas do NON e expulsa do palco no meio do show. Após fugir do clube, o jogador rouba um helicóptero e voa pela cidade para encontrar o carro com os músicos. A partir daqui, o jogador deve destruir três instalações NON no Oriente Médio, Amazon Jungle e Pacific Rim. Ao final, deve viajar até Londres para derrotar Helga e suas forças restantes no Estádio de Wembley.”

Bem produzida, a versão de Arcade (os populares fliperamas) foi um sucesso de crítica e público. As máquinas contavam com metralhadoras acopladas, permitindo que a jogabilidade fosse de alto nível. O mesmo não ocorreu nas versões caseiras.

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“Revolution X” saiu para Super Nintendo, Mega Drive, Saturn, Playstation e computadores domésticos. Todas as versões sofreram muitos cortes em comparação à original. Especialmente no som, com menos músicas na memória e pobre qualidade de reprodução. O resultado foi tão ruim que uma segunda edição – desta vez estrelando o grupo de rap Public Enemy – acabou sendo abortada.

A versão de Super Nintendo chegou a aparecer na 10ª posição da lista dos 20 piores jogos do console publicada pela conceituada revista Electronic Game Monthly, em 2006.

Em 1995, o Aerosmith lançaria mais um jogo: “Quest For Fame”, com temática interativa. Mas a consagração neste meio só viria em 2008 com “Guitar Hero: Aerosmith”, quinto jogo da franquia – que rendeu mais lucros aos músicos que qualquer disco, faturando US$ 25 milhões apenas nas primeiras semanas.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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