O guitarrista Rafael Bittencourt, líder do Angra, concedeu recente entrevista à Guitar World falando sobre o lançamento do álbum mais recente da banda, “Cycles of Pain”. Mas também sobrou espaço para abordar outros temas. Em determinado momento, ele foi questionado sobre como vê os solos de instrumentistas atuais.
Bittencourt respondeu:
“Prefiro solos de guitarra no estilo dos anos 1980 e início dos anos 90. Percebi que muitos shredders atuais não fazem bends. Adoro bends, porque são físicos e emocionais. Antigamente era possível saber quem estava tocando pelo toque das cordas. Hoje não tanto – agora é mais uma questão de quantidade do que de qualidade.”
Em relação ao acervo de influências e referências que o tempo trouxe, o músico elaborou uma teoria que remete a outras situações da vida.
“As pessoas têm mais recursos, mas muito menos profundidade. Acredito que os instrumentos e as técnicas evoluíram de forma impressionante, mas a vida das pessoas é muito mais vaidosa e vazia.”
Sobre Rafael Bittencourt
Nascido em São Paulo, Rafael de Paula Souza Neto iniciou sua educação musical aos 7 anos com flauta e piano, passando para a guitarra elétrica aos 14. Em 1988 se mudou para os Estados Unidos, prosseguindo seus estudos tocando com big bands, corais e orquestras.
Retornando ao Brasil, participou da formação do Angra. É o único músico a integrar todas as formações da banda que se tornou referência mundial no power metal.
Paralelamente, possui o Bittencourt Project, onde explora outras sonoridades. Também participou de discos do Sepultura, Time Machine, Tropa de Shock e Symmetria, entre outros.
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