Os melhores discos de 2023 na opinião de Marcel Bittencourt

Lista apresenta vários álbuns de rock e metal, além de disco lançado por cantora pop brasileira que enfim se firmou como artista

Sempre apreciei listas. Cheguei a fazer algumas ao longo da minha carreira de jornalista musical na internet. Sempre dão pano pra manga, geram discussão, concordância, discordância, mas, acima de tudo, trazem informações legais para que nós, amantes da música, possamos conhecer um pouco sobre essa forma de arte que nos é tão cara.

A lista de melhores álbuns do ano nunca é exatamente isso. É, normalmente, a lista dos discos que mais agradaram o jornalista entre os que chegaram ao seu ouvido.

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E é com essa concepção que trago aqui dez álbuns que ouvi diversas vezes nesse ano de 2023 e, por isso, sem ordem específica, recomendo à nossa audiência qualificada.

Os 10 melhores discos de 2023 na opinião de Marcel Bittencourt

Crypta – “Shades of Sorrow” (death metal)

Um dos melhores álbuns de death metal do ano tem assinatura brasileira: “Shades of Sorrow”, do Crypta. O sucessor do disco de estreia traz uma banda ainda mais madura, competente e criativa. Um trabalho de death metal tão bom que você não precisa, de forma alguma, ser um fã do estilo para apreciá-lo em sua totalidade.

Danko Jones – “Electric Sounds” (hard rock)

A exemplo de Metallica e Foo Fighters (a serem mencionados mais adiante), o trio canadense Danko Jones também entregou o melhor álbum em muito tempo. Seguindo a fórmula que construiu sua carreira e optando por continuar sem surpreender, mas também sem nunca decepcionar, a banda que carrega o nome de seu líder e mentor manda ver em onze músicas que fazem jus ao nome do disco.

Electric Mob – “2 Make U Cry & Dance” (hard rock)

Bandas independentes também lançam grandes álbuns, sabemos bem. Mas, eventualmente, alguns conseguem arranhar o topo. É o caso de “2 Make U Cry & Dance”, dos curitibanos do Electric Mob. A banda do excelente vocalista Renan Zonta deu à luz um álbum tão bom quanto seu antecessor, o debut “Discharge”. Recheado de trechos cantaroláveis e hooks dignos das grandes bandas do rock, é talvez o melhor trabalho de rock nacional em 2023.

Foo Fighters – “But Here We Are” (rock alternativo)

O mais recente álbum de Dave Grohl e seus comparsas é, sem dúvida, o mais emotivo da carreira da banda. Passados dois pesados momentos na vida de Dave — a perda do baterista Taylor Hawkins e da mãe, Virginia Grohl —, o luto foi traduzido em música. Uma obra de arte emocionante, que não raramente leva o ouvinte às lágrimas. Para ser ouvido do começo ao fim, “But Here We Are” é imensamente superior a seu antecessor, o fraquíssimo “Medicine at Midnight” e representa um pico de brilhantismo do grupo, comparável a clássicos como “Wasting Light” e “The Colour and the Shape”.

Kvelertak – “Endling” (black n’ roll)

O Kvelertak é pura brutalidade em seu terceiro álbum, “Endling”. Seguindo a mistura certeira de metal extremo, prog metal, punk e hard rock, o sexteto norueguês lançou em 2023 mais um ótimo disco, que em nada deixa a desejar em comparação com seus antecessores.

Luísa Sonza – “Escândalo Íntimo” (pop)

Polêmicas à parte, Luísa Sonza é uma das maiores cantoras pop do Brasil. Mas foi agora, com “Escândalo Íntimo” que Luísa se firmou como uma artista. O álbum, que faz sentido quando ouvido do início ao fim, é uma mistura criativa de estilos, temáticas, expressões e sentimentos. Por vezes belo, por vezes sujo. Por vezes animado, por vezes emotivo. Por vezes carinhoso, por vezes puramente sexual. É com a mistura bombástica de elementos da cultura e da música pop nacional e internacional que Luísa passa a figurar nas listas de melhores álbuns do ano, como essa aqui.

Mammoth WVH – “Mammoth II” (hard rock / alternativo)

O Mammoth WVH, projeto solo de Wolfgang Van Halen (filho de Eddie e sobrinho de Alex Van Halen), entrega um hard rock cativante, melódico e com a energia sempre no alto. Um álbum que em nada depende do sobrenome Van Halen para que receba a merecida atenção.

Metallica – “72 Seasons” (heavy metal)

A maior banda de metal do mundo voltou a lançar um trabalho de estúdio depois de sete anos. Se “Hardwired… to Self-Destruct” soava demorado e genérico, “72 Seasons” chegou como o melhor trabalho da banda desde o clássico “Black Album”. Riffs interessantes, refrãos grudentos, hooks cheios de apelo e letras cheias de conteúdo fazem de “72 Seasons” um dos melhores discos de metal do ano.

https://open.spotify.com/intl-pt/album/70uejEPPRPSLBrTRdfghP5

Sleep Token – “Take Me Back to Eden” (metal alternativo / progressivo)

Há quem diga que não existe mais espaço para originalidade na música. É para essas pessoas que o álbum “Take Me Back to Eden”, do Sleep Token, é endereçado. Original, melódico, pesado, denso, criativo, moderno e surpreendente são apenas alguns dos adjetivos que podemos atribuir ao terceiro álbum da banda inglesa. Por sua densidade e originalidade, o trabalho não é para não iniciados: é o tipo de obra que vai crescendo no gosto do ouvinte a cada audição e não possui por característica primordial ser arrebatador. Exige apreciação atenta e contemplação. Para quem ouve mais de uma ou duas vezes, se torna uma obra de arte viciante.

The Hives – “The Death of Randy Fitzsimmons” (garage rock)

Após nove anos sem lançar um álbum full-length, o quinteto sueco The Hives volta à ativa com o excelente “The Death of Randy Fitzsimmons”. Seguindo a fórmula tradicional de combinação de energia explosiva e bom humor, os caras seguem entregando discos que caem no gosto rapidamente.

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Marcel Bittencourt
Marcel Bittencourthttps://igormiranda.com.br/
Marcel Bittencourt é jornalista musical, produtor musical e baixista da banda Hit the Noise. Esteve presente em mais de 600 shows, sendo mais de 200 na qualidade de repórter dos hoje extintos sites PoaShow e Rockbox, dos quais também foi editor. Nas horas vagas joga poker e espalha a palavra dos suecos do Hellacopters.

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