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O que diz Roger Waters sobre recusa de hotéis de Uruguai e Argentina em recebê-lo

Ex-Pink Floyd culpou presidente do Comitê Central Israelita do Uruguai, Roby Schindler, e indiretamente esposa de David Gilmour, Polly Samson, pela situação

Roger Waters está mais uma vez sendo criticado por suas opiniões políticas. Dessa vez, até uma espécie de boicote está acontecendo.

Como já noticiado, o ex-Pink Floyd — que está em turnê pela América do Sul — tem se deparado com problemas para encontrar hospedagem na Argentina e no Uruguai. Hotéis nas capitais dos dois países se recusam a recebê-lo, por críticas recentes dirigidas ao estado de Israel.

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Depois de se apresentar no Brasil, Waters toca em Montevidéu nesta sexta-feira (17). De lá, o músico segue para dois shows em Buenos Aires.

Por conta da recusa dos hotéis em hospedar a ele e sua equipe, o músico continua hospedado em São Paulo, onde se apresentou no último sábado (11) e domingo (12). Ele falou sobre o problema em entrevista ao jornal argentino Pagina 12 (via SBT News), revelando que a logística problemática fará com que ele perca um compromisso importante.

“Tinha um jantar marcado para o dia 16 (quinta-feira) com José Mujica, ex-presidente do Uruguai, que é meu amigo. E eu não posso ir.”

Segundo o Pagina 12, o presidente do Comitê Central Israelita do Uruguai, Roby Schindler, bem como outras personalidades do país de origem judaica, enviaram cartas a redes de hotéis como Sofitel pedindo para que não hospedassem o músico e sua equipe. Outros estabelecimentos menores também foram cooptados a boicotar Waters. Sobre isso, ele afirma:

“O pessoal da América do Sul está adorando, fizemos dois shows esgotados em São Paulo (nota do editor: a segunda data não teve ingressos esgotados) que tiveram críticas fantásticas, todo mundo adorou o show, nós adoramos, foram alguns dos melhores shows que fizemos, o público se divertiu muito. E de alguma forma esses idiotas do lobby israelense conseguiram cooptar todos os hotéis em Buenos Aires e Montevidéu e organizaram este boicote extraordinário baseado em mentiras maliciosas que têm contado sobre mim.”

Além de culpar Schneider, o artista se lembrou de Polly Samson, esposa de David Gilmour que o chamou recentemente de “misógino”, entre outras ofensas.

“Eu sei bem disso, vejo que esse Roby Schindler me chama de ‘misógino’ como o menor dos crimes que supostamente cometi. E você sabe de onde isso vem? De Polly Samson, esposa de David Gilmour: ela é a única pessoa que já me acusou de ser misógino. E eles pegaram isso e colocaram na minha descrição geral, como um nazista e um odiador de judeus, e todo o resto do absurdo absoluto que dizem sobre mim, mentiras sujas.”

Ainda de acordo com Roger, os hotéis não chegam a admitir o que seria a real razão para a recusa em tê-lo como hóspede.

“Eles simplesmente dizem: ‘não têm quarto’. E eu sei que em Montevidéu estão há semanas em todos os jornais dizendo às pessoas para não comprarem ingressos para o show. E você sabe como é: quando você fica contando mentiras o tempo todo e faz isso em alto volume, você faz as pessoas dizerem: ‘hum, talvez seja verdade, talvez eu não vá ao show’. A última vez que estive em Montevidéu, há cinco anos, me deram as chaves da cidade!”

Acusações de antissemitismo

Há muito tempo, Roger Waters recebe acusações de ser antissemita. O músico, que se descreve como antissionista, se recusa a tocar em Israel e já chegou a pedir que outros artistas, como o brasileiro Milton Nascimento, fizessem o mesmo. Recentemente, o ex-Pink Floyd atacou a resposta israelense aos ataques terroristas do Hamas, o que pode ter sido interpretado como defesa aos crimes cometidos pelo grupo.

Nos shows da turnê atual, Waters tem trazido um enorme porco inflável que sobrevoa o público, trazendo uma Estrela de Davi, símbolo mais famoso do judaísmo, estampado na lateral. O músico também já teve problemas ao aparecer no palco em indumentária de um oficial nazista, como crítica ao regime de Adolf Hitler. Vale lembrar que o pai de Waters foi morto na Segunda Guerra Mundial, lutando contra os alemães.

Ainda ao jornal argentino, afirmou:

“Não tive um único pensamento antissemita em toda a minha vida. O que eu condeno é o que o governo israelense faz, e vou continuar condenando porque está errado.”

Roger Waters no Brasil

Entre o final de outubro e a primeira quinzena de novembro, Roger Waters realizou um total de 7 concertos no Brasil. O giro passou por Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo – onde foram realizados um par de shows devido à alta demanda por ingressos.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Roger Waters está mais uma vez sendo criticado por suas opiniões políticas. Dessa vez, até uma espécie de boicote está acontecendo.

Como já noticiado, o ex-Pink Floyd — que está em turnê pela América do Sul — tem se deparado com problemas para encontrar hospedagem na Argentina e no Uruguai. Hotéis nas capitais dos dois países se recusam a recebê-lo, por críticas recentes dirigidas ao estado de Israel.

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Depois de se apresentar no Brasil, Waters toca em Montevidéu nesta sexta-feira (17). De lá, o músico segue para dois shows em Buenos Aires.

Por conta da recusa dos hotéis em hospedar a ele e sua equipe, o músico continua hospedado em São Paulo, onde se apresentou no último sábado (11) e domingo (12). Ele falou sobre o problema em entrevista ao jornal argentino Pagina 12 (via SBT News), revelando que a logística problemática fará com que ele perca um compromisso importante.

“Tinha um jantar marcado para o dia 16 (quinta-feira) com José Mujica, ex-presidente do Uruguai, que é meu amigo. E eu não posso ir.”

Segundo o Pagina 12, o presidente do Comitê Central Israelita do Uruguai, Roby Schindler, bem como outras personalidades do país de origem judaica, enviaram cartas a redes de hotéis como Sofitel pedindo para que não hospedassem o músico e sua equipe. Outros estabelecimentos menores também foram cooptados a boicotar Waters. Sobre isso, ele afirma:

“O pessoal da América do Sul está adorando, fizemos dois shows esgotados em São Paulo (nota do editor: a segunda data não teve ingressos esgotados) que tiveram críticas fantásticas, todo mundo adorou o show, nós adoramos, foram alguns dos melhores shows que fizemos, o público se divertiu muito. E de alguma forma esses idiotas do lobby israelense conseguiram cooptar todos os hotéis em Buenos Aires e Montevidéu e organizaram este boicote extraordinário baseado em mentiras maliciosas que têm contado sobre mim.”

Além de culpar Schneider, o artista se lembrou de Polly Samson, esposa de David Gilmour que o chamou recentemente de “misógino”, entre outras ofensas.

“Eu sei bem disso, vejo que esse Roby Schindler me chama de ‘misógino’ como o menor dos crimes que supostamente cometi. E você sabe de onde isso vem? De Polly Samson, esposa de David Gilmour: ela é a única pessoa que já me acusou de ser misógino. E eles pegaram isso e colocaram na minha descrição geral, como um nazista e um odiador de judeus, e todo o resto do absurdo absoluto que dizem sobre mim, mentiras sujas.”

Ainda de acordo com Roger, os hotéis não chegam a admitir o que seria a real razão para a recusa em tê-lo como hóspede.

“Eles simplesmente dizem: ‘não têm quarto’. E eu sei que em Montevidéu estão há semanas em todos os jornais dizendo às pessoas para não comprarem ingressos para o show. E você sabe como é: quando você fica contando mentiras o tempo todo e faz isso em alto volume, você faz as pessoas dizerem: ‘hum, talvez seja verdade, talvez eu não vá ao show’. A última vez que estive em Montevidéu, há cinco anos, me deram as chaves da cidade!”

Acusações de antissemitismo

Há muito tempo, Roger Waters recebe acusações de ser antissemita. O músico, que se descreve como antissionista, se recusa a tocar em Israel e já chegou a pedir que outros artistas, como o brasileiro Milton Nascimento, fizessem o mesmo. Recentemente, o ex-Pink Floyd atacou a resposta israelense aos ataques terroristas do Hamas, o que pode ter sido interpretado como defesa aos crimes cometidos pelo grupo.

Nos shows da turnê atual, Waters tem trazido um enorme porco inflável que sobrevoa o público, trazendo uma Estrela de Davi, símbolo mais famoso do judaísmo, estampado na lateral. O músico também já teve problemas ao aparecer no palco em indumentária de um oficial nazista, como crítica ao regime de Adolf Hitler. Vale lembrar que o pai de Waters foi morto na Segunda Guerra Mundial, lutando contra os alemães.

Ainda ao jornal argentino, afirmou:

“Não tive um único pensamento antissemita em toda a minha vida. O que eu condeno é o que o governo israelense faz, e vou continuar condenando porque está errado.”

Roger Waters no Brasil

Entre o final de outubro e a primeira quinzena de novembro, Roger Waters realizou um total de 7 concertos no Brasil. O giro passou por Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo – onde foram realizados um par de shows devido à alta demanda por ingressos.

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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